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quinta-feira, 3 de maio de 2012

CASAMENTO, o Tempo.

Olá,

Sobre o Tempo:

Afirma Albert Einstein,

“É uma ilusão. A distinção entre passado, presente e futuro. Não passa de uma firme e persistente ilusão.”

Declara John Wheeler, um dos maiores físicos do século 20.

“É o jeito que a natureza deu para não deixar que tudo acontecesse de uma vez só.”

Observando-se, conclui-se:


É um dos grandes mistérios do Universo, onde se tem a ilusão de poder controlá-lo. Pensa-se que sabe o que é; vive-se reclamando a sua falta; desperdiça-se na desabalada correria empreendida para não perdê-lo; sendo o resultado, falta de qualidade de vida.

Mas o Tempo não sabe parar, passa amadurecendo sentimentos; libertando paixões; muitas vezes abrindo novos caminhos.
Assim é o tempo no casamento, pois sempre fica algo permanente registrado, que é o passado, o ocorrido, o amor vivenciado. O que se vivencia no presente, em algum tempo será arquivo do passado.

André Gide, escritor francês, Nobel de Literatura de 1947, fala com propriedade sobre presente e passado.
“... isto me aterroriza: sonhar que o presente que hoje vivemos será o espelho onde nos reconheceremos mais tarde; e que, naquilo que fomos, conheceremos o que somos. E Fico ansioso, a cada coisa resolvida, em saber se é bem isto que deve ser feito.”

E, como tudo na vida evolui com o passar do tempo, não poderia ser diferente no casamento. Porque o amor, que é o responsável pela união dos seres, também tem seu tempo de evolução.

Na infância do amor,  só alegria e esperança; euforia amorosa; os conflitos são mínimos; é um tempo fácil e generoso.
Passa-se o tempo e chega a primeira crise que sacudirá o lar nascente, pois é quando os cônjuges se deixaram conhecer realmente; ficaram, nus, sem máscaras. A realidade se instala no lugar da imagem ideal, que começa a dissolver-se dando lugar a imagem real de cada um. Vem então a fase dos primeiros desajustamentos, que deverá ser resolvida com um aceitando o outro nas suas imperfeições e limitações. Época maravilhosa, onde o ritmo verdadeiro do amor é então estabelecido; com menos arroubo; mais paciência; menos impetuosidade; mais esforço.

Passa-se mais algum tempo, três ou quatro anos e, vem a Juventude do amor, as primeiras dificuldades foram vencidas, e o tempo tomou providências para que a solidez do sentimento fizesse parte do dia a dia e o casal começa a entrar na posse de si mesmo já no quinto ano de convivência, pois o período de adaptação, passou, os filhos já estão chegando, dando sentido ao lar, deixando que o amor se instale definitivamente.

Mas como tudo que é jovem, cresce, amadurece e se faz robusto, vigoroso, nesta fase, o casal vivencia um estado de encontro, estão sempre juntos, um momento muito saboroso.
Mas, nem tudo são flores, surge a segunda crise, a do silêncio. Ela sempre acontece, quando o casal não avança um em direção ao outro, buscando superar as inevitáveis decepções e imprevistos, e o antagonista do silêncio, inicia a destruição do casamento.

Vencer o tempo e esta segunda crise, é indispensável para a sobrevivência do amor, vem a maturidade do amor, que chega no acúmulo de uma quinzena de anos e tem um passado; a infância e a juventude .

O amor se tornou forte, maduro, e traz ao casal, mais confiança, mais segurança. Mas quem não buscou o diálogo franco, e não buscou vencer as crises, sai delas mais vacilante, amedrontado e consequentemente, com menos confiança. E costuma ser a hora fatídica onde se inicia a indiferença, levando-os a separação, porque onde o amor não existe, há sempre lugar para um novo amor. Pois tendo sido o relacionamento anterior um fracasso, se apegam à esta segunda promessa de ser feliz. É então que o casal se desagrega, a infelicidade se instala, a vida em comum vira um inferno, vem a separação. Fracasso que veio do tédio.

Como evitar este fracasso?

Nada melhor para provocar a renovação do amor do que o repouso conjugal, à cura da ausência, férias, sós. E também sós juntos , sem filhos, uma segunda, terceira lua de mel.

Tendo vencido a maturidade do amor, passa-se para o meio dia do amor, fase um pouco complicada.
Para a mulher, o momento difícil da menopausa, com suas sérias variações do ponto psicológico e físico. Para o Homem, a labareda que antecipa o ponto morto, a queda da virilidade, então , é assaltado pela idade do lobo, ou diabo do meio dia. E ai, entre o adulto que beira a velhice, e o adolescente que atinge a puberdade a algo em comum, provar sua virilidade e força de conquista. E muitas vezes, se desfaz um relacionamento, onde sempre houve o respeito, movido pela crise da virilidade.

Vencida esta fase, chega-se o renascimento do amor; os filhos cresceram, o tempo passou, as crises foram vencidas, o amor ficou mais fortalecido, as vidas se fundiram, vem o renascimento do amor.
É a hora de uma felicidade pacífica, vigorosa e ativa. O tempo que a ninguém perdoa, oferece aos cônjuges que vivenciaram suas crises e desafios com dignidade, o renascimento do amor. Já estão amadurecidos, experimentam a segurança da felicidade, apesar dos desafios continuarem.

Repouso do amor, o tempo que outrora foi desafio, passa a ser um aliado, que prolonga a felicidade conquistada. A Própria perspectiva da morte, não consegue perturbar o repouso do amor. A paixão apaixonada dos vinte anos deu lugar à paixão serena, que o tempo preparou.
O início do amor é muito belo, mas vê-lo caminhar pelo tempo até o repouso, dá a cada ser a plenitude de amar.

Vamos trocar experiências sobre a evolução do amor no nosso relacionamento?
Estou aguardando.




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