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quarta-feira, 23 de maio de 2012

SERMÃO DO MONTE

Olá,

Todos nós ainda sentimos as  excelentes vibrações deste poema de amor, que é o " Sermão do Monte".

O mais belo  conhecido pelos  habitantes da terra.


VISÃO MODERNA



E, respondendo ao companheiro que lhe havia solicitado a tradução do Sermão do Monte,
em linguagem moderna, o velhinho deteve-se no capítulo cinco do Apostolo Mateus, com
voz cheia e vibrante:

- Bem – aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios
e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando
em silêncio, sem a mania da glorificação pessoal, atentos à vontade do Senhor e distraídos
das exigências da personalidade, porque viverão sem novos débitos, no rumo do Céu que
lhes abrirá as portas de ouro, segundo os ditames sublimes da evolução.

- Bem - aventurados os mansos, os delicados e os gentis sem reclamação e sem gritaria,
suportando a maledicência e o sarcasmo, sem ódio, compreendendo nos adversários e nas
circunstâncias que os ferem, abençoados agulhões do socorro divino, a impeli-los para diante,
na jornada redentora, porque realmente serão consolados.

- Bem – aventurados os mansos, os delicados e os gentis que sabem viver sem provocar
antipatias e descontentamentos, mantendo os pontos de vista que lhes são peculiares, conferindo,
porém, ao próximo, o mesmo direito de pensar, opinar e experimentar de que sentem
detentores, porque, respeitando cada pessoa e cada coisa em seu lugar, tempo e condição,
equilibram o corpo e a alma, no seio da harmonia, herdando longa permanência e valiosas
lições na Terra.

- Bem – aventurados os que têm fome e sede de justiça. Aguardando o pronunciamento
do Senhor, através dos acontecimentos inelutáveis da vida, sem querelas nos tribunais e sem
papelórios perturbadores que somente aprofundam as chagas da aflição e aniquilam o tempo,
trabalhando e aprendendo sempre com os ensinamentos vivos do mundo, porque, efetivamente,
um dia, serão fartos.

- Bem – aventurados os misericordiosos, que se compadecem dos justos e dos injustos,
dos ricos e dos pobres, dos bons e dos maus, entendendo que não existem criaturas sem problemas,
sempre dispostos à obra de auxilio fraterno a todos, porque no dia de visitação da
luta e da dificuldade receberão o apoio e a colaboração de que necessitem.

- Bem – aventurados os limpos de coração que projetam a claridade de seus intentos puros
sobre todas as situações e sobre todas as coisas, porque encontrarão a “parte melhor” da
vida, em todos os lugares, conseguindo penetrar a grandeza dos propósitos divinos.

- Bem – aventurados os pacificadores que toleram sem mágoa os pequenos sacrifícios
de cada dia, em favor da felicidade de todos, que nunca atiçam o incêndio da discórdia com a
lenha da injuria ou da rebelião, porque serão considerados filhos obedientes de Deus.

- Bem – aventurados os que sofrem a perseguição ou a incompreensão, por amor à solidariedade,
à ordem, ao progresso e a paz, reconhecendo, acima da epiderme sensível, os sagrados
interesses da Humanidade, servindo sem cessar ao engrandecimento do espírito comum,
porque, assim, se habilitam à transferência justa para as atividades do Plano Superior.

- Bem – aventurados todos os que forem dilacerados e contundidos pela mentira e pela
calúnia, por amor ao ministério santificante do Cristo, fustigados diariamente pela reação das
trevas, mas agindo valorosos com paciência, firmeza e bondade pela vitória do Senhor, porque
se candidatam, desse modo, à coroa triunfante dos profetas celestiais e do próprio Mestre
que não encontrou, entre os homens, senão a cruz pesada, antes da gloriosa ressurreição.

A essa altura, o iluminado pregador passeou o olhar percuciente e límpido sobre o
nosso grupo e, finda a ligeira pausa, fixou nos lábios amplo e belo sorriso, rematando serenamente:

- Rejubilem-se, cada vez mais, quantos estiverem nessas condições, porque, hoje e amanhã,
são bem  aventurados na Terra e nos Céus...
Em seguida, retomou o passo leve para a frente, deixando-nos na estranha quietude e na
indagação imanifesta de quem dispõe a pensar.

"Relicário de Luz"     Irmão X


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