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domingo, 8 de julho de 2012

MEDIUNIDADE - MECANISMO DAS COMUNICAÇÕES

Olá,


O capítulo 5º do livro  " NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE"
ora comentado representa integral confirmação do que,
 a respeito do mecanismo das comunicações,
 escreveram os clássicos do Espiritismo,
sob a inspiração de Mais Alto,
particularmente Léon Denis.




Para que um Espírito se comunique, é mister se estabeleça a sintonia da mente encarnada com a desencarnada. Essa realidade é pacífica. É necessário que ambos passem a emitir vibrações equivalentes; que o teor das circunvoluções seja idêntico; que o pensamento e a vontade de ambos
se graduem na mesma faixa.

Esse o mecanismo das comunicações espíritas, mecanismo básico que se desdobra, todavia, em nuances infinitas, de acordo com o tipo de mediunidade, estado psíquico dos agentes — ativo e passivo —, valores espirituais, etc...
Sintonizado o comunicante com o medianeiro, o pensamento do primeiro se exterioriza através do campo físico do segundo, em forma de mensagem grafada ou audível.

Quanto mais evoluído o ser, mais acelerado o estado vibratório. Assim sendo, em face das constantes modificações vibratórias, verificar-se á sempre, em todos os comunicados, o imperativo da redução ou do aumento das vibrações para que eles se dêem com maior fidelidade.
Mais uma vez, pois, somos compelidos a nos referirmos ao fenômeno magnético das vibrações compensadas. Mais uma vez, surge a necessidade de reportarmo-nos ao problema da sintonia.
Mais uma vez, enfim, a questão da afinidade tem que ser, de novo, comentada.
 E se assim procedemos é porque não devemos esquecer que
 «a mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos».

Recorramos, pois, a outros campos, em que a mesma lei de sintonia funciona para que os fenômenos se expressem. A luz e o som são resultado de modificações vibratórias, que facultam a sua percepção por nós e por outros seres.
O ouvido humano é incapaz de perceber o som produzido por menos de 40 vibrações por segundo.
Cinquenta vibrações, porém, produzem um som que o ouvido humano percebe, sente, ouve.
Trinta vibrações produzem um som que o ouvido humano não ouve, não sente, não percebe.

O mínimo, por conseguinte, de vibrações percebíveis é de quarenta por segundo, e o máximo de trinta e seis mil. Trinta e cinco mil e quinhentas vibrações produzem um som que o nosso ouvido percebe.
Trinta e seis mil e duzentas vibrações produzem um som que ultrapassa os limites de nossa acústica.

Com a luz, o fenômeno é semelhante. O mínimo de vibrações percebíveis é de quatrocentos e cinquenta e oito milhões e o máximo de setecentos e vinte e sete trilhões por segundo.

Assim sendo, a nossa capacidade visual não percebe a luz produzida por vibrações menores de quatrocentos e cinquenta e oito milhões, da mesma forma que nos escapará, à visão, a luz produzida por mais de setecentos e vinte e sete trilhões de vibrações. (1)

Essa mesma lei, de equivalência, funciona e opera em todas as manifestações vibracionais da Natureza, inclusive, como não podia deixar de ser, nos fenômenos psíquicos ou mediúnicos.
Nota do Autor — Esses números extraímo-los do livro Narrações do Infinito”, de
Camilo Flammarion, edição da FEB, pág. 98.

Deixando à margem tais considerações, analisemos, agora, os fatores morais que, além de serem os de nosso maior interesse, motivam a publicação deste livro.

Se essa mesma lei de afinidade comanda inteiramente os fenômenos psíquicos, não há dificuldade em compreendermos porque as entidades luminosas ou iluminadas são compelidas a reduzir o seu tom vibratório a fim de, tornando mais densos os seus perispíritos, serem observadas pelos Espíritos menos evolvidos. Os Espíritos, cujas vibrações se processam aceleradamente, devido à sua evolução, graduam o pensamento e densificam o perispírito quando desejam transmitir as comunicações, inspirar os dirigentes de trabalhos mediúnicos ou os pregadores e expositores do Evangelho e da Doutrina, como no caso de Raul Silva, que recebe a benéfica influenciação do instrutor Clementino, a fim
de melhor conduzir a doutrinação de desventurado Espírito.

Clementino graduou o pensamento e a expressão de acordo com a capacidade do nosso Raul e do ambiente que o cerca, ajustando-se-lhe às possibilidades.
Cada vaso recebe de conformidade com a estrutura que lhe é própria. Referindo-se à densificação do perispírito do irmão Clementino, atento ao imperativo de cooperar com o dirigente dos trabalhos, para que as suas palavras obedecessem à inspiração superior, transcrevemos a observação de André Luiz:

"Nesse instante, o irmão Clementino pousou a destra na fronte do amigo que comandava a assembléia, mostrando-se-nos mais humanizado, quase obscuro."

Os grifos são nossos e objetivam levar a atenção do leitor para o fato da redução do tom vibratório, a fim de ajustar-se ao calibre mediúnico» de Raul Silva.

Com a palavra, o Assistente Áulus explicou o fenômeno, que surpreendia André Luiz e Hilário:

«O benfeitor espiritual, que ora nos dirige, afigura-se-nos mais pesado porque amorteceu o elevado tom vibratório em que respira habitualmente, descendo à posição de Raul, tanto quanto lhe é possível, para benefício do trabalho começante. »


Ainda com a palavra o Assistente, para fazer uma comparação que atende à compreensão geral:

«Influencia agora a vida cerebral do condutor da casa, à maneira dum musicista emérito manobrando, respeitoso, um violino de alto valor, do qual conhece a firmeza e a harmonia. »

Esse quadro é de extraordinária beleza espiritual e de profundo conteúdo moral.Mostra-nos que um dirigente de trabalhos mediúnicos deve ser pessoa de responsabilidade, amável, sincera, dedicada, harmonizada consigo mesma, através de uma consciência reta e de um coração puro, e com muito boa
vontade para ajudar em nome do Senhor Jesus.

" Estudando a mediunidade" Martis Peralva

Por ser longo este texto, continuaremos na próxima postagem.

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