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segunda-feira, 9 de julho de 2012

MEDIUNIDADE - MECANISMO DAS COMUNICAÇÕES II

 Olá,

Imaginemos quantos obstáculos encontram
os Espíritos Superiores,
quando buscam inspirar um dirigente pretensioso
 e auto-suficiente e que desliga as
(antenas psíquicas»,
guardando o único objetivo de atirar sobre
o Espírito sofredor ou endurecido,
a pretexto de doutrinamento,
uma sequência de palavras vazias de bondade.



 Quanto mais evangelizado o dirigente, maior receptividade oferecerá aos instrutores, deles exigindo menor sacrifício. Quanto mais esclarecido e bondoso o médium, maior a sintonia com os
Espíritos elevados, reduzindo, igualmente, a quota de sacrifício dos abnegados instrutores.
Sem Evangelho no coração, todo trabalho ressentir-se-á de deficiência.

Mesmo que dirigente e médiuns «conheçam» a Doutrina, sem que, entretanto, o sentimento cristão lhes tenha lançado à alma o perfume da caridade, os frutos serão bem precários. A prática evangélica aprimora o coração. O conhecimento doutrinário ilumina a inteligência, alargando o raciocínio.
Evangelho no coração e doutrina no entendimento, eis o tipo ideal do cooperador de Jesus no cenário terrestre.

Aplicando, portanto, aos problemas mediúnicos as considerações relativas à percepção do som e da luz, de acordo com os sentidos físicos do homem, entenderemos porque os nossos ouvidos não registram, ainda, as maravilhosas sinfonias que enchem de beleza a vida universal.

Saberemos porque não sentimos, ainda, os magníficos odores da vida extraterrena.
Saberemos, enfim, porque os nossos olhos corporais não vêem os quadros de luz que, algumas vezes, estão formados em torno de nós.
Ouvimos, sentimos e vemos, apenas, o que se manifesta dentro da incipiente órbita das nossas possibilidades. O nosso tom vibratório, inferior e lento, circunscreve, limita as nossas percepções.

Retornando o assunto relativo à equivalência vibracional, acentuaremos esse detalhe de suma importância: o médium de boa moral e caridoso assegura a si próprio, graças ao seu elevado tom vibratório, a companhia de entidades elevadas.
Além disso, estará sempre apto a merecer a valiosa cooperação dos amigos espirituais superiores, uma vez que estes não encontram dificuldade no estabelecimento da sintonia.

Já o médium descuidado, ante o problema da própria renovação interior, é sempre um instrumento que dificulta o intercâmbio. A exemplo do que fizemos com o som e a luz, recorramos a alguns
algarismos elucidativos.

Para tanto, demos a palavra a Léon Denis:
«Admitamos, a exemplo de alguns sábios, que sejam de 1.000 por segundo as vibrações do cérebro humano. No estado de transe, ou de desprendimento, o invólucro fluídico do médium vibra com maior intensidade, e suas radiações atingem a cifra de 1.500 por segundo.

Se o Espírito, livre no Espaço, vibra à razão de 2.000 no mesmo lapso de tempo, ser-lhe-á possível, por uma materialização parcial, baixar esse número a 1.500. Os dois organismos vibram então simpàticamente; podem estabelecer-se relações, e o ditado do Espírito será percebido e transmitido
pelo médium em transe sonambúlico. »

Ainda Léon Denis:
«... o Espírito, libertado pela morte, se impregna de matéria sutil e atenua suas radiações próprias, a
fim de entrar em uníssono com o médium. »
Conclui-se, das palavras do filósofo francês, que os Espíritos dispõem de recursos para reduzir ou elevar o tom vibratório, da seguinte forma:

a) — Para reduzir o seu próprio padrão vibratório, o Espírito superior impregna-se de matéria sutil colhida no próprio ambiente.

b) — Para elevar o tom vibratório do médium, o Espírito encontrará na própria concentração ou transe, daquele, os meios de ativar as vibrações.

O êxtase dos grandes santos é oriundo, sem dúvida, da profunda alteração vibracional a possibilitar-lhes meios de relação com as altas esferas e com o que nelas se desenrola: visões maravilhosas, celestes harmonias, cenários deslumbrantes ou vozes cheias de sabedoria.
A ignorância de tais fatos leva muitas vezes o médium não evangelizado a cometer lastimáveis enganos, comprometendo, assim, o nome e a reputação de abnegados companheiros.

Há médiuns que discordam de que estejam no recinto determinados Espíritos, por outrem  observados, somente porque não os viram»...
Se estudassem a Doutrina e cultivassem sinceramente os preceitos do Evangelho, não formulariam esses temerários juízos, pois saberiam que, se não viram, nem ouviram, aquilo que outros ouviram e viram, é porque, no momento, não respiravam psiquicamente na mesma faixa vibratória.

Tais observações levaram Hilário a formular interessantes indagações, inclusive se o fenômeno de absoluta sintonia, durante a comunicação, dificultaria, no médium, a faculdade de distinguir, dos seus, os pensamentos do Espírito.
O esclarecimento do Assistente Áulus é notável.

Os médiuns, especialmente aqueles que se deixam dominar pelo fantasma da dúvida, muito se beneficiarão com a palavra orientadora do bondoso instrutor.

Estudemos, com ele, o assunto:

a) — O pensamento que nos é próprio flui incessantemente de nosso campo cerebral. É intrínseco. É realização nossa.

b) — O pensamento do Espírito é extrínseco. Vem de fora para dentro, alcançando-nos O campo interior, primeiramente pelos poros, que são miríades de antenas».

Os nossos pensamentos são, via de regra, semelhantes no conteúdo moral e intelectual. Refletem o nosso estado evolutivo, traduzem as inclinações que nos são peculiares.
Os pensamentos dos Espíritos são, de modo geral, variáveis. Divergem sempre, quanto à forma e à substância, uma vez que diversas são as Inteligências que se comunicam.

Se estamos sendo acionados por um Espírito Superior, os conceitos expendidos, verbal ou psicogràficamente, serão luminosos, sublimes, misericordiosos.
Se agimos sob o comando de um Espírito menos esclarecido ou maldoso, os conceitos serão inconfessáveis.

Lembremo-nos, a propósito, de Pedro, o venerando apóstolo.
O Evangelho no-lo mostra a refletir, em alternativas de luz e sombra, idéias de Espíritos superiores ou inferiores, em várias circunstâncias de sua vida.
O mundo conheceu um médium que sempre refletiu a Luz Divina:
Jesus- Cristo — O MÉDIUM DE DEUS.

Após tais considerações, formulemos a pergunta final:

— «Como saberá o médium se o pensamento é seu ou do Espírito?»

Com o estudo edificante, a meditação e o discernimento, adquiriremos a capacidade de conhecer a nossa frequência vibratória.
Saberemos comparar o nosso próprio estilo, pontos de vista, hábitos e modos, com os revelados durante o transe ou a simples inspiração, quando pregamos ou expomos a Doutrina.
Não será problema tão difícil separar o nosso do pensamento dos Espíritos.
A aplicação aos estudos espíritas, com sinceridade, dar-nos-á, sem dúvida,
a chave de muitos enigmas.

" Estudando a mediunidade"       Martins Peralva


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