Digite aqui o assunto do seu interesse:

sábado, 28 de julho de 2012

MEDIUNIDADE - OBSESSÕES

Olá,

Na atualidade os grupos mediúnicos estão sendo convocados a intensa atividade no setor das desobsessões, tendo em vista a avalancha de casos dolorosos que se verificam em toda a parte.

Tem-se mesmo a impressão de que as forças da sombra, aproveitando-se da invigilância dos encarnados, desfecham verdadeiro assalto à cidadela terrestre,



exigindo que os centros espirituais se desdobrem no esforço assistencial.
Desde a obsessão simples até a possessão avançada. grande número de criaturas, abrindo brechas na mente e no coração, pelas quais se infiltram os desencarnados menos esclarecidos, cujas almas extravasam rancor e vingança, se vêem a braços com o perigoso e cruel assédio de Espíritos com
que se acumpliciaram no pretérito.

Desenvolvamos o estudo das obsessões através do seguinte gráfico, o qual, convém esclarecer, deve ser considerado como expressão genérica do fenômeno:

FASES DA OBSESSÃO = Fascinação =
{Ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium,
perturbando-lhe o raciocínio.

{Subjugação = {Domínio moral do Espírito sobre o encarnado, controlando-lhe a vontade.           {Posseção = Imantação do Espírito a determinada pessoa, dominando-a física e moralmente.

OBSESSÃO = (Sua definição) {Ação pela qual Espíritos Inferiores influenciam, maleficamente, os encarnados.

CAUSAS HABITUAIS = {Vingança, desejo do mal, orgulho de falso saber, leviandade, prevenções religiosas, paixões, etc.

OBSESSÃO SIMPLES = {Ação eventual dos Espíritos sobre os encarnados.
{Espíritos Sem Real. Expressão de maldade.


FASCINAÇÃO = é a influência, sutil e pertinaz, traiçoeira e quase imperceptível, que Espíritos vingativos exercem sobre o indivíduo objeto de suas vinditas.
Se o encarnado facilita o acesso do Espírito ao seu psiquismo, ele se irá infiltrando lentamente, realizando um trabalho subterrâneo de hipnotização mental. Um dia, quando quisermos abrir os olhos, a penetração já se fêz tão profunda que o afastamento se tornará difícil.

No princípio são, simplesmente, as atitudes excêntricas, o fanatismo e a
singularidade.
Depois a ação magnética se estenderá até os centros nervosos, e o domínio,
psíquico e corporal, se acentua de tal modo que a pessoa não dispõe
mais da vontade, para comandar a própria vida.

Os psiquiatras, sem dúvida na sua generalidade, não terão dificuldade em preencher, nos ambulatórios especializados, a ficha de mais um doente mental, a fim de submetê-lo ao internamento e ao eletrochoque indiscriminado.
Para os espíritas será, apenas, uma criatura que menosprezou a Lei do Amor no pretérito, contraindo, em consequência disto, sérios compromissos que permaneceram no Tempo e no Espaço, e que, defrontando-se na presente reencarnação com os comparsas de terríveis dramas, não teve a força precisa para fechar-lhes as portas da «casa mental», sofrendo, hoje, a incursão incômoda
e muitas vezes cruel.

Reportemo-nos ao caso do enfermo que aparece, no capítulo 9º, com o nome de Pedro.
Entreguemos, assim, a palavra ao Assistente Áulus a fim de que suspenda uma ponta do véu que encobre o passado do doente:

«A luta vem de muito longe. Não dispomos de tempo para incursões no passado, mas, de imediato, podemos reconhecer o verdugo de hoje como vítima de ontem.
 Na derradeira metade do século findo, Pedro era um médico que abusava da missão de curar. Uma análise mental particularizada identificálo-ia em numerosas aventuras menos dignas.
O perseguidor que presentemente lhe domina as energias era-lhe irmão consanguíneo, cuja esposa nosso amigo doente de agora procurou seduzir.
Para isso, insinuou-se de formas diversas, além de prejudicar o irmão em todos os seus interesses
econômicos e sociais, até incliná-lo à internação num hospício, onde estacionou, por muitos anos, aparvalhado e inútil, à espera da morte. »

Eis, aí, um drama doloroso que, sem a menor sombra de dúvida, se repete aos milhares em todas as camadas sociais.
Se pudéssemos vislumbrar o nosso e o passado de quantos buscam, nos centros espíritas, a solução de seus problemas físicos e psicológicos, identificar-nos-íamos, diàriamente, com um número incalculável de casos semelhantes.
De maneira geral, penalizamo-nos sômente do encarnado, a quem, impensadamente, situamos como vítima.
O carinho dos médiuns centraliza-se, quase sempre, no companheiro que bateu à porta do Centro.
Os componentes do grupo, com honrosas exceções, também se compadecem, quase que exclusivamente, dos encarnados.
Entretanto, o conhecimento doutrinário, fruto de estudo e meditação, tem o dom de despertar, igualmente, os nossos cuidados e atenção para os habitantes do mundo espiritual.

A observação de casos iguais ao de Pedro compele-nos, certamente, a polarizarmos as melhores vibrações para aqueles que, por não se terem ajustado ainda à Lei do Amor, insistem em fazer justiça com as próprias mãos.
Quantos de nós, que hoje transitamos pelo mundo guardando relativo equilíbrio, deixamos no ontem desconhecido uma vertente de lágrimas e aflições, um oceano de amargura, como antigas personagens de crimes inomináveis, em nome da fé ou do amor menos digno, nos quais fizemos
companheiros do caminho sorverem, até àúltima gota, a taça de fel de indescritíveis sofrimentos, derruindo-lhes, impiedosamente, a paz e a felicidade!

Não é justo, pois, olhemos carinhosamente para os desencarnados que reencontram os verdugos, a fim de que, uns e outros, envolvidos pelas nossas vibrações de fraternidade, possam ser amparados em nome da Divina Compaixão?
Fechar a porta do nosso coração, pela indiferença ou pela hostilidade, aos desencarnados, é como se expulsássemos dos umbrais de nossa casa, em noite tempestuosa, o faminto e o trôpego, o doente e o nu, que, palmilhando, cegos e desorientados, as ruas da incompreensão, nos estendessem, súplices,

as mãos esquálidas.
Nunca ajudaremos um Espírito endurecido no ódio, menosprezando-o ou ridicularizando-o.
Não será pela ironia ou pelo acinte, que o ajudaremos.
Nunca e nunca.
Não será pelo desapreço à sua desventura, que lhe conquistaremos a confiança; não será desse modo que lhe converteremos a alma enferma numa ânfora onde coloquemos o licor da Esperança, consagrando, felizes, entre vítimas e verdugos, as núpcias da reconciliação.
Nunca e nunca.

Continua na próxima postagem.

" ESTUDANDO A MEDIUNIDADE" Martins Peralva

Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário ou dúvida. Terei prazer em respondê-lo.