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quinta-feira, 5 de julho de 2012

MEDIUNIDADE - Tomadas mentais

Olá,

O Capítulo nº 4 do livro
 " Nos domínios da mediunidade"
 André Luis/ Francisco C Xavier,
 ora em estudo apresenta problemas de suma importância para todos os que nos achamos empenhados no esforço de autorenovação com o Mestre.

Analisando aquele magistral capítulo, melhor se consolidou velha impressão de que, em vários casos, nem sempre o obsessor é o desencarnado, mas sim o encarnado.


Existem inúmeros casos em que o Espírito luta, titânicamente, para desvencilhar-se da prisão mental que o encarnado estabelece em torno dele, conservando-o cativo e subjugado a pensamentos dolorosos e enfermiços.

Para maior facilidade, estudemos o assunto à luz do diagrama seguinte:

PRISÕES MENTAIS = {Pessoas, situações, coisas.

FRUTOS DA DOUTRINAÇÃO = {Desligamento de “tomadas mentais”, através dos princípios libertadores que doutrinadores distribuem da esfera do pensamento.

CONSOLIDAÇÃO DO EQUILÍBRIO = {Estudo + meditação = renovação + trabalho = libertação.

DESPEJO = {Ausência de afinidade, em virtude de o encarnado modificar os centros mentais.

Como sabemos, a influenciação dos Espíritos, sobre os encarnados, se exerce pela sintonia. Pessoa cujos pensamentos, palavras e ações determinam um padrão vibratório inferiorizado, estará, a qualquer tempo, a mercê das entidades perturbadas e perturbadoras.
Em síntese: o efeito das obsessões se faz sentir, invariavelmente, através de um traço de união entre nós e os Espíritos. Entre a mente encarnada e a desencarnada.

Vinculamo-nos aos Espíritos pela fusão magnética, o que implica em reconhecermos o acentuado coeficiente de responsabilidade que nos cabe, por permitirmos que a nossa casa mental» seja ocupada por hóspedes, menos esclarecidos.
Existindo afinidade, haverá, logicamente, fusão magnética.
A reciprocidade vibratória ergue uma ponte entre a nossa e a mente dos desencarnados.

Quando deixar de existir esta compensação vibratória», em virtude do esclarecimento nosso ou do desencarnado, a quem muitas vezes impropriamente denominamos de «perseguidor», haverá, então, o despejo» do «hóspede» inoportuno, à maneira do senhorio que manda embora o inquilino que lhe não pagou os aluguéis combinados.
Despejado, o Espírito irá em busca de outra casa mental», se as bênçãos do esclarecimento não repercutirem no seu mundo interior.

Figuremos um ferro elétrico, de passar roupa.
Quando desejamos que o ferro se aqueça, que a temperatura se eleve, ligamos o fio condutor de eletricidade à respectiva tomada; concluida a tarefa, desligamos o fio e o ferro vai perdendo o calor e volta à temperatura normal.
O ferro de engomar, somos nós.
A eletricidade, é a projeção mental do desencarnado.
O fio condutor, são as duas mentes irmanadas, vinculadas, justapostas.

Raciocinando desta forma, somos compelidos a crer que o estudo e a meditação serão forças valiosas no processo de nossa renovação espiritual.
Modificado o centro mental, nossa alma pode agir com mais desenvoltura.
Substituidos os pensamentos enfermiços ou malévolos por ideais enobrecedores, o encetamento de atividades edificantes ser-nos-á penhor de integral e definitiva libertação do incômodo jugo das entidades menos esclarecidas.

O estudo, a meditação e o trabalho no Bem serão, assim, os nobres instrumentos com que desligaremos as «tomadas mentais», efetuando, por conseguinte, o «despejo» dos desencarnados.
Para isso, poderá exercer decisiva e salutar influência a palavra esclarecida dos doutrinadores encarnados, que projetará para as nossas mentes necessitadas os princípios libertadores a que alude o Assistente Áulus.

Inúmeras curas de obsessões têm-se verificado com o simples comparecimento dos interessados a reuniões de estudo.
Em tais reuniões não somente se beneficiam os encarnados; os seus acompanhantes compartilham, também, do abençoado ensejo de reeducação.
Naturalmente que há obsessões cujas raízes se aprofundam na noite escura e tormentosa dos séculos e milênios, quê pedem assistência direta e específica. Ninguém contestará esta verdade, acreditamos.

As obsessões podem cessar, entre outros, por um dos seguintes motivos:

a) — Pelo esclarecimento do encarnado, que despejará de sua casa mental» o hóspede invisível.

b) — Pelo esclarecimento do desencarnado, que se libertará da prisão mental que o encarnado lhe vinha impondo.

c) — Pela melhoria de ambos.

Catalogamos, apenas, os motivos que apresentam conexão com as considerações ora formuladas.
No atual estágio evolutivo do homem, em que o comando da nossa própria mente ainda é problema dos mais árduos e difíceis, costumamos, pela invigilância, construir, para nós mesmos, perigosos cárceres mentais, representados por pessoas que prezamos, situações que nos agradam e coisas que nos deliciam os sentidos.

Há, por exemplo, os que se apegam de tal maneira a situações transitórias, em nome de um amor falsamente concebido, que sobrevindo inevitàvelmente a desencarnação, para um ou para ambos, a prisão mental se prolongará por muito tempo.

Conhecemos o caso de uma senhora que permaneceu em sua residência durante mais de um ano, após a desencarnação. Observada por um médium vidente que transitava diàriamente pela porta de sua antiga residência, afirmou estar absolutamente certa de que tinha morrido, acrescentando, então: — “Oh! meu amigo, como está sendo difícil deixar a casinha, esta varanda tão gostosa, os familiares, os objetos”!
E por muito tempo, ainda, o nosso companheiro a viu na varanda, calmamente sentada numa cadeira de balanço.

Tal vida, tal morte — diziam os antigos.
E nós repetimos, com os instrutores espirituais, que diàriamente desencarnam milhares de pessoas, porém só algumas se libertam...
O Espiritismo Cristão oferece-nos, exuberantemente, os meios de destruirmos esses grilhões.

Será pelo estudo doutrinário e pelo trabalho evangélico, que superaremos esse e outros obstáculos.
Será pelo cultivo da fraternidade e dos sentimentos superiores que marcharemos, com segurança, para o Tabor de nossa redenção, onde o Senhor da Galileia nos aguarda.

Sem a renovação moral e espiritual, o problema da nossa libertação será muito difícil.
Sem que o verbo dos instrutores espirituais e a palavra dos pregadores e doutrinadores esclarecidos encontrem ressonância em nosso mundo íntimo, muito reduzidas ficarão as probabilidades dos grupos mediúnicos, mesmo os bem orientados, que trabalharem a nosso favor, isto porque muito dependerá
do nosso coração e da nossa boa vontade afeiçoar-nos ou não aos princípios libertadores da Boa Nova, trazida ao Mundo pelo Divino Amigo, e pelo Espiritismo restaurada na plenitude de sua pureza e sublimidade.

O assistente Áulus, respondendo a uma indagação de Hilário, o simpático companheiro de André Luiz, explica que os encarnados que não prestam atenção aos ensinamentos ouvidos, nos variados setores da fé, nos círculos espíritas, católicos ou protestantes, “passam pelos santuários da fé na condição de urnas cerradas. Impermeáveis ao bom aviso, continuam inacessíveis à mudança necessária.

“A palavra desempenha significativo papel nas construções do espírito.
Um pormenor que não pode deixar de ser referido neste livro, é o que se reporta à ação das entidades interessadas em que os encarnados não ouçam os ensinamentos veiculados pelos doutrinadores, nas reuniões.
Envolvem os ouvintes em fluidos entorpecedores, conduzindo-os ao sono provocado “para que se lhes adie a renovação.
Esta notícia explica o motivo por que muita gente dorme, pesadamente, nas sessões espíritas.
Temos ouvido, frequentes vezes, exclamações semelhantes a esta: (Não sei o que tinha hoje! os olhos estavam pesados e as pálpebras pareciam de chumbo.

Excetuando-se os poucos casos de esgotamento físico, em virtude de noites perdidas ou de excesso de trabalho, podemos guardar a certeza de que os acompanhantes desencarnados estão operando, magneticamente, no sentido de que tais pessoas, adormecendo, nada vejam, nem ouçam.
E nada ouvindo, nem vendo, ficarão, longo tempo, àmercê de sua incômoda e vampirizante influenciação...

" Estudando a mediunidade"   Martins Peralva

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