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quarta-feira, 18 de julho de 2012

MEDIUNIDADE - Vampirismo

Olá,

O capítulo «Sonambulismo torturado» sugeriu-nos modesto estudo das manifestações vampirizantes, levando-nos a recorrer, para isso, ao magistral livro «Os Missionários da Luz», de André Luiz.

O assunto é importante para todos nós, que nos achamos sinceramente
interessados no esforço ascensional com o Cristo.




No livro em referência, encontramos a observação que nos apressamos a transcrever, à guisa de alicerce para a exposição que desejamos realizar.
É do Instrutor Alexandre:

“Sem nos referirmos aos morcegos sugadores, o vampiro, entre os homens, é o fantasma dos mortos que se retira do sepulcro, alta noite, para alimentar-se do sangue dos vivos. Não sei quem é o autor de semelhante definição, mas, no fundo, não está errada.

 Apenas cumpre considerar que, entre nós, vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebimente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens.»

A elucidação, clara e simples, marca, conforme acentuamos, o ponto de partida ao nosso despretensioso e humilde estudo, levando-nos, preliminarmente, a concluir que, em face do desajuste mental do homem hodierno, eivado de vícios e paixões, de ordem fisiológica ou psicológica, tem o
vampirismo, entre nós, encarnados, extensão inconcebível.

Antes de fixarmos o gráfico elucidativo, visando a facilitar o desdobramento das considerações, façamos a definição de duas palavras que serão mencionadas com frequência no curso do presente estudo.

Larvas: Alimento mental das entidades infelizes, formado pelas nossas criações inferiores.

Vampirismo: Ação pela qual Espíritos involuídos, arraigados às paixões interiores, se imantam à organização psicofísica dos encarnados (e desencarnados), sugando-lhes a substância vital.

A seguir, fixemos o gráfico que orientou a exposição do assunto em tela:

LOCALIZAÇÃO HABITUAL = {Estômago, fígado, aparelho digestivo, zona do sexo.

CAUSAS EFETIVAS = {Desregramentos emocionais, glutonaria, excessos alcoólicos, cólera, tristeza, ódio, etc; etc.

Fixado o diagrama, ocorrerá, possivelmente, por antecipação, a pergunta:

— Como evitaremos a vampirização?

E a resposta será, lógica e simplesmente:

Pela conduta reta e pelo cultivo, incessante, de hábitos opostos aos acima caracterizados.
Só e só.

O Instrutor Alexandre acentua que «quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça», o que vale dizer: desequilibrados os centros perispirituais, o reflexo se fará, de imediato, no corpo físico.
«Atingido o molde (perispírito). em sua estrutura pelos golpes das vibrações inferiores, o vaso refletirá imediatamente. »

Pelos excessos, na alimentação ou noutras manifestações mais caracteristicamente espirituais, de ordem inferior, criaremos tais larvas, com o que atrairemos, para o nosso campo mental e fisiológico, entidades ociosas.
O estômago, o fígado, o aparelho digestivo, etc., passarão a constituir delicioso pasto (e repasto, também...) para tais Espíritos, ainda não felicitados pela luz da renovação interior.

Com o mesmo automatismo com que, ao meio-dia, buscamos, num restaurante ou em nossa própria casa, o alimento indispensável ao corpo, tais entidades buscarão e encontrarão sempre, em nós, aquilo de que necessitam, aquilo de que se nutrem, as larvas criadas pelos nossos pensamentos e ações.
Isto porque «as ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões».

Os excessos físicos ou mentais são a fonte geradora dessa fauna estranha.
«A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma.” As criaturas que se entregam à embriaguez e aos desvarios do sexo, são grandes produtoras dessas larvas que se localizam, naturalmente, na parte do corpo onde mais diretamente se refletem os desajustes.

Aqueles que julgam que a vida se resume, apenas, em comer e beber, dormir e procriar, não fogem ao imperativo da lei. Os amigos espirituais observam, penalizados, que «aos infelizes que caíram em semelhante condição de parasitismo as larvas servem de alimento habitual», referindo-se aos desencarnados que se não despojaram dos hábitos cultivados enquanto no mundo.
Assim sendo, de conformidade com a natureza de nossa vida mental, fornecemos alimento para as entidades não esclarecidas.
Somos os seus sustentadores, os que lhes asseguram a economia organopsíquica.

E o instrutor Alexandre esclarece: «Naturalmente que a fauna microbiana, em análise, não será servida em pratos; bastará ao desencarnado agarrar-se aos companheiros de ignorância, ainda encarnados, qual erva daninha aos galhos das árvores, sugando-lhes a substância vital. »
Vejamos como os benfeitores espirituais descrevem o organismo de um homem amante dos alcoólicos:

“Semelhava-se o corpo a um tonel de configuração caprichosa, de cujo interior escapavam certos vapores muito leves, mas incessantes. »
E, mais adiante, o registro das «singularidades orgânicas».
«O aparelho gastrintestinal parecia totalmente ensopado em aguardente.»
«Espantava-me o fígado enorme. Pequeninas figuras horripilantes postavam-se, vorazes, ao longo da veia horta, lutando desesperadamente com os elementos sanguíneos mais novos.»
Essas «pequeninas figuras horripilantes» são as larvas...

Agora, observemos, com os amigos espirituais, o organismo de uma irmã «candidata ao desenvolvimento da mediunidade de incorporação», pessoa dedicada, sem dúvida cheia de boas intenções, mas «desviada nos excessos de alimentação»:

«Guardava a idéia de presenciar, não o trabalho de um aparelho digestivo usual, e, sim, de VASTO ALAMBIQUE, cheio de pastas de carne e caldos gordurosos, cheirando a vinagre de condimentação ativa.»
Notemos, ainda, como Ândré Luiz, conduzido pelo Instrutor Alexandre,verificou a zona do sexo de um companheiro que,  «de lápis em punho,  mergulhado em profundo silêncio», aguardava o momento de exercitar a psicografia:

«As glândulas geradoras emitiam fraquíssima luminosidade, que parecia abafada por aluviões de corpúsculos negros, a se caracterizarem por espantosa velocidade.»
«Pareciam imantados uns aos outros, na mesma faina de destruição. »

Bastam essas transcrições básicas, para que tenhamos uma perfeita noção de nossa responsabilidade, especialmente quando nos propomos a desenvolver faculdades medianímicas.
Não nos compenetrando, real e definitivamente, de que devemos ser comedidos na alimentação, estaremos à mercê das entidades vampirizantes, que, aos milhões, nos observam.

Enquanto não reconhecermos que «a prudência, em matéria de sexo, é equilíbrio da vida», o campo do mediunismo, particularmente, oferecerá sérios perigos aos que, invigilantes, lhe penetrem os domínios...
Os amigos espirituais têm-nos trazido, bondosa e insistentemente, tais advertências.
Não nos deixam ignorantes de tais notícias, do mundo espiritual.
São pacientes e generosos, compreensivos e fraternos, suportando-nos, longos anos, a rebeldia e a desobediência aos princípios de temperança e moderação que nos compete exercitar.
Não desanimam no esforço de nos ajudar, à maneira do Senhor Jesus que, desde a Manjedoura, espera por nós.

Confiam que, mais adiante, evangelicamente esclarecidos, possamos servir, operosa e cristãmente, com efetivos e reais benefícios para os outros e, também, para nós mesmos.
Aguardam que nos capacitemos, em definitivo, de que o corpo físico, embora transitório na configuração que lhe é peculiar, é o maravilhoso Templo do Espírito. segundo São Paulo.
Em face de tamanha tolerância, compete-nos o esforço para equilibrarmos a própria vida.

A nossa experiência, como encarnados, não se resume, exclusivamente, em comer e dormir, em beber e procriar. Com o mais sincero respeito aos nossos irmãos irracionais, lembremo-nos de que os animais comem e dormem, bebem e procriam...

A vida é a mais bela sinfonia de Amor e Luz que o Divino Poder organizou.
A prece e o estudo, a boa vontade e o trabalho, o cultivo dos pensamentos enobrecedores e a bondade desinteressada, farão de nossas almas harmoniosa nota de celestial beleza, enriquecendo a sublime orquestração que exalta as glórias do Ilimitado...

Reconhecendo, embora, que a nossa mente desequilibrada gera, ainda, criações e formas inferiores, dificultando-nos o acesso aos planos elevados, não nos podemos mais acomodar a semelhante clima, uma vez que já estamos informados de que a perseverança no Bem dar-nos-á, indubitàvelmente,
poderosos recursos para a realização, à luz do Evangelho, do sublime ideal de cristianização de nossas almas, com o que se concretizará, em definitivo, a promessa do Senhor Jesus:
«Aquele que perseverar até ao fim será salvo».

" Estudando a Mediunidade"     Martins Peralva

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Um comentário:

  1. Muito interessante essa parte. Eu estou lendo esse livro. e é além de tudo intrigante.

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