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sábado, 25 de agosto de 2012

MEDIUNIDADE - MANDATO MEDIUNICO II

 Olá,

Quando, da assistência do médium ao doente não resulta o seu despertar para a senda da luz, o esforço foi incompleto.
Curar e educar devem coexistir no serviço assistencial.
Tendo discernimento capaz de opinar com segurança, segundo as necessidades do consulente, o médium indu-lo a reajustar-se e a caminhar com os próprios pés, isso depois de colocar-lhe na ferida do coração o bálsamo do reconforto.

Eis a função do discernimento entre as outras elevadas qualidades exigíveis para o mandato de serviço mediúnico.
«Saber ajudar os outros para que os outros se ajudem. »



A perseverança é o quarto atributo indispensável ao mandato, para que o trabalhador não abandone a tarefa ante os primeiros obstáculos.
Inúmeros médiuns, portadores de apreciáveis faculdades, têm-se afastado do serviço em virtude de incompreensão, inclusive dos próprios companheiros de ideal.

Quando os pés começam a sentir a agudez dos espinhos espalhados na estrada, desertam da luta.
A esses companheiros seria lícito perguntar se é possível colaborar, sem obstáculos nem problemas, na Causa dAquele cuja glória, no Mundo, foi a coroa de aflição que os homens colocaram em sua fronte augusta...
A perseverança é fruto da fé e do despersonalismo.

Aquele que coopera nos serviços mediúnicos, com a preocupação de agradar aos outros e de ver satisfeitos os seus caprichos, pode vir a abandonar a tarefa.
Servir com Jesus e em nome dEle, é dilatar os próprios recursos e perpetuar, no Espaço e no Tempo, o ideal de ajudar a todos.

Examinemos, finalmente, o problema do sacrifício.
O médium que não é capaz de esquecer o próprio bem-estar, a benefício dos outros, está distanciado do mandato superior.
É, indubitàvelmente, um companheiro de boa vontade, a quem devemos todo o respeito e incentivo, mas que pensa muito no próprio «eu», velho fantasma do qual ainda não nos conseguimos libertar inteiramente.
O médium que possui espírito de sacrifício é como o médico que faz da Medicina um sacerdócio: nunca exige a «carteira de identidade» de quem lhe bate à porta.

O seu ideal é servir, socorrer e curar.
Pelo exposto, conclui-se que poucas criaturas existem investidas do mandato de serviço mediúnico, embora milhares estejam colaborando, corajosamente, na obra do Bem.
Bondade, discrição, discernimento, perseverança e sacrifício são, pois, virtudes que o médium deve esforçar-se por adquirir, pouco a pouco, sem violências nem precipitações.

O exercício de tais qualidades abreviará o dia em que os Instrutores espirituais lhe identificarão a reforma.
Falamos, até esta altura, dos deveres daqueles que recebem mandato mediúnico.

E os direitos?
E as compensações, segundo o princípio de que é dando que se recebe»?
E as garantias que acompanham o médium assim categorizado?

Vamos dar a palavra a André Luiz:
“Ambrosina trazia o semblante quebrantado e rugado, refletindo, contudo, a paz que lhe vibrava no ser.
Na cabeça, dentre os cabelos grisalhos, salientava-se pequeno funil de luz, à maneira de delicado adorno.
Intrigados, consultamos a experiência de nosso orientador e o esclarecimento não se fêz esperar:

— É um aparelho magnético ultra-sensível com que a médium vive em constante contacto com o responsável pela obra espiritual que por ela se realiza. Pelo tempo de atividade na Causa do Bem e pelos sacrifícios a que se consagrou, Ambrosina recebeu do Plano Superior um mandato de
serviço mediúnico, merecendo, por isso, a responsabilidade de mais íntima associação com o instrutor que lhe preside as tarefas.

E, mais adiante, na palavra do Assistente Áulus:
“Um mandato mediúnico reclama ordem, segurança, eficiência. Uma delegação de autoridade humana envolve concessão de recursos da parte de quem a outorga. Não se pedirá cooperação sistemática do médium, sem oferecer-lhe as necessárias garantias.
Conforme observamos, a criatura investida do mandato mediúnico tem sólidas garantias para o triunfo completo de sua missão, a começar pela assistência, direta e permanente, do responsável pela obra de cuja realização na Terra foi incumbido.

Nos momentos difíceis — eis o Instrutor que se apresenta para esclarecêlo, defendê-lo, inspirá-lo!

Nas horas amargas — eis o Instrutor, com a palavra sábia e amiga, a levantar-lhe o ânimo, a reconfortar-lhe o coração setado pela incompreensão e pela calúnia, pela injúria e pela má fé!

Para que o médium de hoje, seja, amanhã, portador de mandato mediúnico, necessário se faz que o Evangelho seja o seu roteiro e Jesus-Cristo a sua meta.
Com Jesus no coração, o médium ajuda aos outros e se ajuda no grande e fundamental problema da renovação íntima.
Enriquecendo a própria alma com a bondade, a discrição, o discernimento, a perseverança e o espírito de sacrifício, será, no trabalho, um servidor idealista e desinteressado.
Receberá o mandato de serviço mediúnico...

" Estudando a mediunidade" Martins Peralva.

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