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terça-feira, 11 de setembro de 2012

SONHOS II

 Olá,

Por reflexivos, categorizamos os sonhos em que a alma, abandonando o corpo físico, registra as impressões e imagens arquivadas no subconsciente e plasmadas na organização perispiritual.

Tal registro é possível de ser feito em virtude da modificação vibratória, que põe o Espírito em relação com fatos e paisagens remotos, desta e de outras
existências.



Ocorrências de séculos e milênios gravam-se indelevelmente em nossa memória, estratificando-se em camadas superpostas. A modificação vibratória, determinada pela liberdade de que passa a gozar
o Espírito, no sono, fá-lo entrar em relação com acontecimentos e cenas de eras distantes, vindos à tona em forma de sonho.
A esses sonhos, na esquematização de nosso singelo estudo, daremos a denominação de «reflexivos», por refletirem eles, evidentemente, situações anteriormente vividas.

Cataloguemos, por último, os sonhos espíritas.
Esses se revestem de maior interesse para nós, por atenderem com mais exatidão e justeza à finalidade deste livro, qual seja a de, sem fugir à feição evangélica, fazer com que todos os capítulos nos sejam um convite à reforma interior, como base para a nossa felicidade e meio para, em nome da
fraternidade cristã, melhor servirmos ao próximo.

Nos sonhos espíritas a alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e afetiva, facultando meios de encontrarmo-nos com parentes, amigos, instrutores e, também, com os nossos inimigos, desta e de outras vidas.
Quando os olhos se fecham, com a visitação do sono, o nosso Espírito parte em disparada, por influxo magnético, para os locais de sua preferência.
O viciado procurará os outros.
O religioso buscará um templo.
O sacerdote do Bem irá ao encontro do sofrimento e da lágrima, para assisti-los fraternalmente.

Enquanto despertos, os imperativos da vida contingente nos conservam no trabalho, na execução dos deveres que nos são peculiares.
Adormecendo, a coisa muda de figura.
Desaparecem, como por encanto, as conveniências.
A atividade extracorpórea passará a refletir, sem dissimulações ou constrangimentos, as nossas reais e efetivas inclinações, superiores ou inferiores.
Buscamos sempre, durante o sono, companheiros que se afinam conosco e com os ideais que nos são peculiares.

Para quem cultive a irresponsabilidade e a invigilância, quase sempre os sonhos revelarão convívio pouco lisonjeiro, cabendo, todavia, aqui a ressalva doutrinária, exposta na caracterização dos sonhos reflexivos, de que, embora tendo no presente uma vida mais ou menos equilibrada, poderemos,
logicamente, reviver cenas desagradáveis, que permanecem virtualmente gravadas em nosso molde perispiritual.
Quem exercite, abnegadamente, o gosto pelos problemas superiores, buscará durante o sono a companhia dos que lhe podem ajudar, proporcionando-lhe esclarecimento e instrução.

O tipo de vida que levarmos, durante o dia, determinará invariàvelmente o tipo de sonhos que a noite nos ofertará, em resposta às nossas tendências.
As companhias diurnas serão, quase sempre, as companhias noturnas, fora do vaso físico.
O esforço de evangelização das nossas vidas e a luta incessante pela modificação dos nossos costumes, objetivando a purificação dos nossos sentimentos, dar-nos-ão, sem dúvida, o prêmio de sonhos edificantes e maravilhosos, expressando trabalho e realização.
Com instrutores devotados nos encontraremos e deles ouviremos conselhos e reconforto.
Dessas sombras amigas, que acompanham a migalha da nosssa boa vontade, receberemos estímulo para as nossas sublimes esperanças.

ESTUDANDO A MEDIUNIDADE    MARTINS PERALVA

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