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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

SONHOS

Olá,

O Espiritismo não podia deixar de interessar-se pelo problema dos sonhos, dando também, sobre eles,
a sua interpretação.
Não podia o Espiritismo fugir a esse imperativo,
eis que as manifestações oníricas têm acentuada importância em nossa vida de relação, uma vez que



os chamados «sonhos espíritas» resultam, via de regra, das nossas próprias disposições, exercidas e cultivadas no estado de vigília.

A Doutrina Espírita não pode estar ausente de qualquer movimento superior, de fundo espiritual, que vise a amparar o Espírito humano na sua rota evolutiva.
Não é a Doutrina um movimento literário, circunscrito a gabinetes.
É um programa para ajudar o homem a crescer para Deus, a fim de que, elevando-se, corresponda ao imenso sacrifício daquele que, sendo o Cristo de Deus, se fêz Homem para que os homens se tornassem Cristos.

Os sonhos, em sua generalidade, não representam, como muitos pensam, uma fantasia das nossas almas, enquanto há o repouso do corpo físico.
Todos eles revelam, em sua estrutura, como fundamento principal, a emancipação da alma, assinalando a sua atividade extracorpórea, quando então se lhe associam, à consciência livre, variadas impressões e sensações de ordem fisiológica e psicológica.
Estudemos o assunto, que se reveste de singular encanto, à luz do seguinte gráfico:

CLASSIFICAÇÃO DOS SONHOS =
 {Comuns. = {Repercussão de nossas disposições, Físicas ou psicológicas.
{Reflexivos. = {Exteriorização de impulsos e imagens arquivadas no cérebro.
 {Espíritas. = {Atividade real e efetiva do Espírito durante o sono.

Feita a classificação no seu tríplice aspecto, façamos, agora, a devida especificação:

Comuns: O Espírito é envolvido na onda de pensamentos que lhe são próprios, bem assim dos outros.

Reflexivos: A modificação vibratória, resultante do desprendimento pelo sono, faz o Espírito entrar em relação com fatos, imagens, paisagens e acontecimentos remotos, desta e de outras vidas.

Espíritas: Por «sonhos espíritas», situamos aqueles em que o Espírito se encontra, fora do corpo, com:
a) — parentes
b) — amigos
c) — instrutores
d) — inimigos, etc.

Outras denominações poderão, sem dúvida, ser-lhes dadas, o que, supomos, não alterará a essência do fenômeno em si mesmo. Estamos ainda no plano muito relativo das coisas. Assim sendo, tendo
cada palavra o seu lugar e a sua propriedade, cabia-nos o imperativo da nomenclatura.
Geralmente temos sonhos imprecisos, desconexos, frequentemente interrompidos por cenas e paisagens inteiramente estranhas, sem o mais elementar sentido de ordem e sequência.
Serão esses os sonhos comuns.

Aqueles em que o nosso Espírito, desligando-se parcialmente do corpo, se vê envolvido e dominado pela onda de imagens e pensamentos, seus e do mundo exterior, uma vez que vivemos num misterioso turbilhão das mais desencontradas idéias.
O mundo psíquico que nos cerca reflete as vibrações de bilhões de pessoas encarnadas e desencarnadas. Deixando o corpo em repouso, o Espírito ingressa no plano espiritual com
apurada sensibilidade, facultando ao campo sensório o recolhimento, embarafustado, de desencontradas imagens antes não percebidas, em face das limitações impostas pelo cérebro físico.

Ao despertarmos, guardaremos imprecisa recordação de tudo, especialmente da ausência de conexão nos acontecimentos que, em forma de incompreensível sonho, povoaram a nossa vida mental.
A esses sonhos chamaríamos sonhos comuns, por serem eles os mais frequentes.

Continua na próxima postagem.

ESTUDANDO A MEDIUNIDADE   MARTINS PERALVA.

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