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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

VIDA - TOLERÂNCIA

Olá,

Vive a tolerância na base de todo o progresso efetivo.

As peças de qualquer máquina suportam-se umas às outras
para que surja essa ou aquela produção de benefícios determinados.

Todas as bênçãos da Natureza constituem larga seqyência de



manifestações da abençoada virtude que inspira a verdadeira fraternidade.
Tolerância, porém, não é conceito de superfície.
É reflexo vivo da compreensão que nasce, límpida, na fonte da alma, plasmando a esperança,
 a paciência e o perdão com esquecimento de todo o mal.

Pedir que os outros pensem com a nossa cabeça seria exigir que o mundo se adaptasse aos nossos caprichos, quando é nossa obrigação adaptar-nos, com dignidade, ao mundo, dentro da firme
disposição de ajudá-lo.
A Providência Divina reflete, em toda parte, a tolerância sábia e ativa.

Deus não reclama da semente a produção imediata da espécie a que corresponde.
 Dá-lhe tempo para germinar, crescer, florir e frutificar.
Não solicita do regato improvisada integração com o mar que o espera.
 Dá-lhe caminhos no solo, ofertando-lhe o tempo necessário à superação da marcha.

Assim também, de alma para alma, é imperioso não tenhamos qualquer atitude de violência.
A brutalidade do homem impulsivo e a irritação do enfermo deseducado, tanto quanto a garra no animal e o espinho na roseira,representam indícios naturais da condição evolutiva em que se
encontram.

Opor ódio ao ódio é operar a destruição.
O autor de qualquer injúria invoca o mal para si mesmo. Em vista disso, o mal só é realmente mal para quem o pratica. Revidá-lo na base de inconsequência em que se expressa é assimilar-lhe o
veneno.

É imprescindível tratar a ignorância com o carinho medicamentoso que dispensamos ao tratamento de uma chaga, porquanto golpear a ferida, sem caridade, será o mesmo que converter a
moléstia curável num aleijão sem remédio.

A tolerância, por esse motivo, é, acima de tudo, completo esquecimento de todo o mal, com serviço incessante no bem.
Quem com os lábios repete palavras de perdão, de maneira constante, demonstra acalentar a volúpia da mágoa com que se acomoda perdendo tempo.
Perdoar é olvidar a sombra, buscando a luz.
Não é dobrar joelhos ou escalar galerias de superioridade mendaz, teatralizando os impulsos do coração, mas sim persistir no trabalho renovador, criando o bem e a harmonia, pelos quais
aqueles que não nos entendam, de pronto, nos observem com diversa interpretação, compreendendo-nos o idioma inarticulado do exemplo.

Oferece-nos o Cristo o modelo da tolerância ideal, em regressando do túmulo ao encontro dos aprendizes desapontados. Longe de reportar-se à deserção de Pedro ou à fraqueza de Judas, para
dizer com a boca que os desculpava, refere-se ao serviço da redenção, induzindo-os a recomeçar o apostolado do bem eterno.

Tolerar é refletir o entendimento fraterno e o perdão será sempre profilaxia segura, garantindo, onde estiver, saúde e paz, renovação e segurança.

Francisco Cândido Xavier - Pensamento e Vida - pelo Espírito Emmanuel

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