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quarta-feira, 6 de março de 2013

LEI DE SOCIEDADE - SOCIABILIDADE

 Olá,

766. A vida social está em a Natureza?
“Certamente. Deus fez o homem para viver em sociedade. Não lhe deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação.”
775. Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?
“Uma recrudescência do egoísmo.”
‘O Livro dos Espíritos”



Sociabilidade
“O homem é um animal social”, já o dizia, com acerto, famoso pensador da Antiguidade, querendo com isso significar que ele foi criado para viver, ou melhor, conviver com seus semelhantes.
A sociabilidade é instintiva e obedece a um imperativo categórico da lei do progresso que rege a Humanidade.
É que Deus, em Seus sábios desígnios, não nos fêz perfeitos, fêz-nos perfectíveis; assim, para. atingirmos a perfeição a que estamos destinados, todos precisamos uns dos outros, pois não há como desenvolver e burilar nossas faculdades intelectuais e morais senão no convívio social, nessa
permuta constante de afeições, conhecimentos e experiências, sem a qual a sorte de nosso espírito seria o embrutecimento e a estiolação.
Sendo o fim supremo da sociedade promover o bem-estar e a felicidade de todos os que a, compõem, para que tal seja alcançado há necessidade de que cada um de nós observe certas regras de procedimento ditadas pela Justiça e pela Moral, abstendo-se de tudo que as possa destruir.
Com efeito, a boa ordem na sociedade depende das virtudes humanas. Á medida que nos formos esclarecendo, tomando consciência de nossos deveres para com nós mesmos (amor ao trabalho, senso de responsabilidade, temperança, controle emocional, etc.) e para com a comunidade de que somos
parte integrante (cortesia, desprendimento, generosidade, honradez, lealdade, tolerância, espírito público. etc.), cumprindo-os à risca, menores e menos frequentes se irão tornando os atritos e conflitos que nos afligem; mais estável será a paz e mais deleitável a harmonia que devem reinar em seu seio.

A par disso, para que a sociedade funcione e possa corresponder à sua finalidade, um outro princípio existe que precisa, também, ser observado: o da autoridade.
No menor tipo de sociedade que se conhece, o lar, por exemplo, se aquele que a deve exercer, o chefe de família, não recebe da parte da mulher e dos filhos o acatamento e a obediência devidos, a anarquia toma conta da casa, com sérios prejuízos para todos os os familiares.
Na sociedade civil acontece o mesmo. Se os indivíduos e os grupos não derem correto atendimento às normas traçadas pelo governo (que deles recebeu delegação de poderes para dirigir os destinos do Estado), antes as infrinjam ou desobedeçam, a desordem não tardará a fazer-se senhora da
situação, resultando nulas as medidas propostas no sentido do progresso social.
Um e outro — chefe de família e governo — não devem, porém, exorbitar de suas funções, seja impondo uma sobrecarga de obrigações aos que estejam subordinados à sua jurisdição, seja frustrando-lhes o gozo de seus direitos individuais, porque isso, então, já não seria autoridade, e sim tirania, despotismo.

Estes conceitos, ampliados, são válidos igualmente para a sociedade natural, formada pelo concerto das nações, cujos membros devem respeitar-se e auxiliar-se mütuamente, tudo fazendo pela concórdia entre os povos e a prosperidade universal, porque, interdependentes que são, sempre que alguns
componentes do cosmo social entrem em guerra ou se vejam a braços com crises econômicas, todos haveremos, de uma forma ou de outra, de sofrer-lhes as danosas consequências.
Uma vez que a vida social é uma necessidade geral, que pensar daqueles que se isolam completamente, fugindo (segundo dizem) ao pernicioso contacto do mundo?
Pela Doutrina Espírita, tal procedimento revela forte dose de egoísmo e só merece re provação, visto que “não pode agradar a Deus uma vida pela qual o homem se condena a não ser útil a ninguém”.
Já aqueles que se afastam do bulício citadino, buscando no retiro a tranquilidade reclamada por certa natureza de ocupação, assim os que se recolhem a determinadas instituições fechadas para se dedicarem, amorosamente, ao socorro dos desgraçados, ôbviamente, embora afastados da convivência social, prestam excelentes serviços à sociedade, adquirindo duplos méritos, porqüanto, além da renúncia às satisfações mundanas, têm a seu favor a prática das leis do trabalho e da caridade cristã.

AS LEIS MORAIS RODOLFO CALLIGARIS

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