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domingo, 31 de março de 2013

VIDA - ILUMINAÇÃO

 Olá,
220 –Há alguma diferença entre a crença e a iluminação?
-Todos os homens da Terra, ainda os próprios materialistas, crêem em alguma coisa. Todavia, são muito poucos os que se iluminam. O que crê, apenas admite; mas o que se ilumina vibra e sente. O primeiro depende dos elementos externos, nos quais coloca o objeto a sua crença; o segundo é livre das influências exteriores, porque há bastante luz no seu próprio


íntimo,  de modo a vencer corajosamente nas provações a que foi conduzido no mundo.
É por essa razão que os espiritistas sinceros devem compreender que não basta acreditar no fenômeno ou na veracidade da comunicação com o Além, para que os seus sagrados deveres estejam totalmente cumpridos, pois a obrigação primordial é o esforço, o amor ao trabalho, a serenidade nas provas da vida, o sacrifício de si mesmo, de modo a entender plenamente a exemplificação de Jesus-Cristo, buscando a sua luz divina para a execução de todos os trabalhos que lhes competem no mundo.

221 –A análise pela razão pode cooperar, de modo definitivo, no trabalho de nossa iluminação espiritual?
-É certo que o homem não pode dispensar a razão para vencer na tarefa confiada ao seu esforço, no círculo da vida; contudo, faz-se mister considerar que essa razão vem sendo trabalhada, de muitos séculos no planeta, pelos vícios de toda sorte.
Temos plena confirmação deste asserto no ultra-racionalismo europeu, cuja avançada posição evolutiva, ainda agora, não tem vacilado entre a paz e a guerra, entre o direito e a força, entre a ordem e a agressão.
Mais que em toda parte do orbe, a razão humana ali se elevou às mais altas culminâncias de realização e, todavia, desequilibrada pela ausência do sentimento, ressuscita a selvageria e o crime, embora o fausto da civilização.
Reconhecemos, pois, que na atualidade do orbe toda iluminação do homem há de nascer, antes de tudo, do sentimento. O sábio desesperado do mundo deve volver-se para Deus como a criança humilde, para cuidar dos legítimos valores do coração, porque apenas pela reeducação sentimental, nos bastidores do esforço próprio, se poderá esperar a desejada reforma das criaturas.

222 –Que significa o chamado “toque da alma”, ao qual tantas vezes se referem os Espíritos amigos?
Quando a sinceridade e a boa vontade se irmanam dentro de um coração, faz-se no santuário íntimo a luz espiritual para a sublime compreensão da verdade.
Esse é o chamado “toque da alma”; impossíveis para quantos perseverem na lógica convencionalista do mundo, ou nas expressões negativas das situações provisórias da matéria, em todos os sentidos.

223 –Há tempo determinado na vida do homem terrestre para que se possa ele entregar, com mais probabilidades de êxito, ao trabalho de iluminação?

-A existência na Terra é um aprendizado excelente e constante. Não há idades para o serviço de iluminação espiritual. Os pais têm o dever de orientar a criança, desde os seus primeiros passos, no capítulo das noções evangélicas, e a velhice não tem o direito de alegar o cansaço orgânico em face desses estudos de sua necessidade própria.
É certo que as aquisições de um velho, em matéria de conhecimentos novos, não podem ser tão fáceis como as de um jovem em função de sua instrumentabilidade sadia, fisicamente falando; os homens mais avançados em anos têm, contudo, a seu favor as experiências da vida, que facilitam a
compreensão e nobilitam o esforço da iluminação de si mesmos, considerando que, se a velhice é a noite, a alma terá no amanhã do futuro a alvorada brilhante de uma vida nova.

224 –As almas desencarnadas continuam igualmente no serviço da iluminação de si próprias?
Nos planos invisíveis, o Espírito prossegue na mesma tarefa abençoada de aquisição dos próprios valores, e a reencarnação no mundo tem por objetivo principal a consecução desse esforço.

228 –A auto-iluminação pode ser conseguida apenas com a tarefa de uma existência na Terra?
-Uma encarnação é como um dia de trabalho. E para que as experiências se façam acompanhar de resultados positivos e proveitosos na vida, faz-se indispensável que os dias de observação e de esforço se sucedam uns aos outros.
No complexo das vidas diversas, o estudo prepara; todavia, somente a aplicação sincera dos  ensinamentos do Cristo pode proporcionar a paz e a sabedoria, inerentes ao estado de plena iluminação dos redimidos.

 “O CONSOLADOR” –  EMMANUEL/ FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

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