Digite aqui o assunto do seu interesse:

terça-feira, 2 de abril de 2013

LEI DE SOCIEDADE - A MISSÃO DOS PAIS.

Olá,
Como todos sabem, os seres infra-humanos tornam-se adultos e portanto independentes dos pais em menos de um décimo do tempo médio de vida da respectiva espécie, enquanto o homem precisa de um terço de sua existência
para alcançar a maturidade.
Em face disso, os cuidados e obrigações dos pais para com os filhos, entre aqueles, são também muitíssimo menores do que na espécie humana.
O amor dos animais pela prole é mais instinto do que sentimento, e dura apenas enquanto seja necessário


protegê-la contra aquilo e aqueles que lhe ameacem a sobrevivência, cessando, geralmente, quando ela se mostre apta a defender-se e a prover-se, por si mesma, do que tenha mister para a sua conservação.
Nos homens, esse amor não só é mais duradouro, pois persiste até à morte, como se manifesta em maior intensidade, atingindo, não raro, as raias do heroismo.
Essa virtude, entretanto, como acontece com as demais, não se acha igualmente desenvolvida em todos os indivíduos.
Alguns existem que não têm pelos filhos o carinho e a solicitude das aves e dos mamíferos, já que não titubeiam em dá-los ou mesmo abandoná-los à própria sorte desde a mais tenra idade.
Tais criaturas não se compenetraram, ainda, de quanto é sagrada a missão de ser pai ou mãe.
Outros, ao contrário, fazem dos filhos verdadeiros ídolos, que colocam acima de tudo e de todos, inclusive de Deus. Em seu fanatismo por eles, julgam-nos possuidores das mais excelsas qualidades, recusando-se a admitir sejam capazes de qualquer ação menos digna. Daí porque sempre encontram
um meio de justificar-lhes os erros e as sordícias, enxergando neles,
invariàvelmente, “vítimas inocentes” da maldade do mundo.
Essa falta de equilíbrio entre o amor materno ou paterno e o senso de justiça, pode levar (e tem levado) muitos pais a praticarem crueldades tremendas, desde que se trate de livrar os filhos de um vexame, uma dificuldade ou uma sanção dolorosa, embora lhes caiba inteira responsabilidade por tais situações.
A Doutrina Espírita nos esclarece que essa dedicação, diríamos mesmo essa devoção dos pais, e principalmente das mães pelos frutos de suas entranhas, conquanto compreensível e indispensável até certo ponto, pode tornar-se prejudicial se não for controlada pela mente, isto é, se não obedecer
aos ditames da. Razão, porqüanto, aqueles aos quais chamamos “nossos filhos” são, como nós, espíritos em evolução, reencarnados em nossos lares para que os auxiliemos a se melhorarem, a se despojarem de suas imperfeições.
Sob a aparência de angelitude que lhes caracteriza a infância (sábio processo da Providência para que nos afeiçoemos a eles), podem ocultar-se individualidades que se transviaram do bom caminho, necessitadas de reajuste, a exigirem de nós um pulso firme para conter-lhes os maus pendores,
a par de segura orientação cristã para que possam reformar seus caracteres, adquirindo o gosto pelo que é belo, puro e nobre.
Nos primeiros anos de vida dos filhos, mais no período infantil do que na adolescência, é que podem os pais exercer salutar influência em favor do aprimoramento moral deles, através dos bons conselhos e, o que é mais importante, dos bons exemplos que lhes possam oferecer.
Se se descuidarem disso, ou, movidos por um amor piegas, deixarem sem corrigenda seus impulsos inferiores, vê-los-ão, ao atingirem a maioridade, reintegrarem-se na posse de si mesmos, revelarem-se abertamente tais quais são, com as fraquezas de que se ressentem e as viciações a que se afizeram
em existências anteriores, pagando, então, com desgostos, vergonhas e humilhações, sua desídia para com a árdua, difícil, mas sublime tarefa que o Pai Celestial há confiado aos progenitores aqui na Terra.
Ser pai ou mãe significa receber preciosos “talentos” que, conforme o ensino da parábola, devem ser movimentados com inteligência para que produzam os juros devidos, ou seja, o adiantamento daqueles por cuja educação nos tenhamos feito responsáveis.
Tratemos, portanto, de cumprir à risca os deveres que a paternidade ou a maternidade nos impõem, a fim de que, no dia da prestação de contas ao Senhor, possamos merecer a felicidade de ouvir dele estas confortadoras palavras:
“Bem está, servo bom e fiel... Compartilha da alegria do teu Senhor!”

LE Capítulo 7º, questão 773 e seguintes)


AS LEIS MORAIS                       RODOLFO CALLIGARIS

Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário ou dúvida. Terei prazer em respondê-lo.