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domingo, 12 de maio de 2013

BEM VIVER - Valores no lar

 Olá,

Quais os valores que devem nortear a formação de um lar?
Aqueles oriundos da religião?
Os das tradições familiares vindos dos avós maternos ou paternos?
Os do pai?
 Os da mãe?
Os do meio social? Aqueles adquiridos nos livros e filmes televisivos?




Talvez devamos escutar mais o coração e perceber que ele contém uma mensagem divina, gravada pelo Criador da Vida ao nos fazer existir. Raramente conseguimos escutá-la por estarmos demasiadamente ligados ao mundo externo.
Ouvimos muitos sons, prestamos atenção ao mundo para poder dominá-lo, ouvimos as pessoas para compreendê-las, ouvimos nossos pensamentos para ordená-los, mas dificilmente aprendemos a escutar o que vem de nosso íntimo, do coração.
Dali partem as intuições que nos elevam e nos fazem divinos. É de lá que vem a mensagem e os valores que devem nortear nossa caminhada evolutiva.
 Foi dali que o Cristo retirou sua mensagem de amor.
Escutar esse canto divino pressupõe silêncio, humildade e confiança. A cada momento, em cada segundo de nossa vida ele envia um pulso que permite-nos enxergar melhor o mundo, nos
fortalecendo para os desafios que ele promove.
Os valores que devem ser utilizados pelo espírito em suas experiências evolutivas devem conter aqueles que nos legaram nossos antepassados, os que adquirimos no convívio social, os que admitimos pelas relações que estabelecemos com alguém, mas devem receber, sobretudo, o que vem do coração como um recado direto de Deus ao ser humano individualmente.
As religiões nos oferecem importantes balizas orientadoras que nos auxiliam, sobretudo nos momentos de tempestades íntimas.
São valiosas contribuições àqueles que necessitam vivenciar aquilo que lhe é sagrado. Os que se pautam pelas diretrizes luminosas de uma religião devem, dia-a-dia, acrescentar-lhes aquelas que lhe vêm do coração para que se elevem ainda mais.
O maior valor que se deve vivenciar no lar e passar adiante aos filhos é a amorosidade para com os outros, para com a vida, para consigo mesmo e para com Deus.

A sociedade está sempre em mudança de costumes e de valores. Não é diferente na família. Ela passa por transformações mais sutis que aquelas que percebemos na sociedade, cujos meios de comunicação conseguem nos mostrar com mais evidência.
Evoluímos da sociedade tribal, na qual a família vivia para o grupo e não tinha sua identidade, para a urbana que também passa pelo desaparecimento de um status.
No período medieval europeu pode-se notar uma certa conquista de identidade em função da distinção entre nobres e plebeus, mas na idade moderna via-se o declínio da tradição calcada no nome e na riqueza.
A família hoje se constitui mais pela atração entre as pessoas do que pela necessidade de transmitir valores de um determinado clã para seus descendentes. Os problemas de relacionamento, de afetividade, de poder e financeiros são a tônica do mundo moderno. Os valores a serem passados aos filhos estão
em segundo plano ou em nenhum.
A família é o campo de entrada do espírito pelas portas da reencarnação na vida material. Nela ele irá desempenhar papéis importantes para sua vida psíquica e para sua evolução. Sua mente irá lembrar e consolidar estruturas psicológicas de relevância para sua existência no corpo físico.
Com ela o espírito se insere na vida social o que o fará concorrer para o progresso da humanidade. Dessa forma ele se sentirá responsável pelo progresso que ele mesmo experimenta.
Na família o espírito evita o isolamento que contribui para o egoísmo e para a não utilidade da reencarnação, visto que o convívio social proporciona o progresso da humanidade e o aperfeiçoamento
pessoal.
Para Deus não há sacrifício necessário que possa ser maior do que o espírito fazer o bem que esteja a seu alcance. O bem para si e para a sociedade. É na família que o espírito inicia seu processo de auto-ajuda e de colaboração com o progresso social.
É em família que o espírito recicla suas emoções e aprende a reconhecê-las como instrumento precioso para sua evolução. Evolui quem aprende a lidar com elas.

Não há um espírito igual a outro como não existe outro Deus se não a inteligência suprema do Universo. Somos singularidades de Deus, gerados pelo seu amor. Existimos para alcançarmos a perfeição. Até lá muitas etapas serão vencidas e muitos desafios ultrapassados. Todos eles através da internalização da
capacidade de amar.
Nascemos para a própria glória e para a construção do amor no Universo como a Realização de Deus. Porém, essa glória não se encontra nos lugares de destaque da sociedade nem nos registros de imóveis dos cartórios, nem tampouco nos valores das contas bancárias. Ela se realiza na intimidade do lar que
representará o troféu de vitória de quem o constrói.
Certos valores devem ser consolidados em cada pessoa e estabelecidos como normas de convivência para que se alcance  o lar desejado. Valores que não estarão escritos nem precisarão ser verbalizados, visto que se encontram no coração de cada um.
Existem princípios consagrados pela sociedade e inscritos nos códigos religiosos da humanidade que podem nos ser úteis para determinação de tais valores. Princípios como o amor, a caridade, a fé, a fraternidade e a paz são fundamentais e básicos para a compreensão dos reais valores.
Do amor podemos alcançar o sentimento de respeito ao outro. Toda pessoa que se sente respeitada por alguém tem consciência de pertencimento e identidade. Quanto mais respeitamos as pessoas como filhos de Deus, por mais imerecedoras que possam parecer, estaremos contribuindo para o fortalecimento do amor.
EVANGELHO E FAMÍLIA                                         ADENAUER NOVAES

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