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domingo, 23 de junho de 2013

MEDIUNIDADE - ARQUITETOS ESPIRITUAIS

 Olá,

Em nossa reunião da noite de 13 de janeiro de 1955, fomos novamente agraciados com a
visita do nosso companheiro Efigênio S. Vitor que nos trouxe interessantes apontamentos, com
respeito aos Espíritos Arquitetos, na palestra que passamos a transcrever.




Examinando os variados setores de nossas atividades e encarecendo o valor da contribuição
dos diversos amigos que colaboram conosco, é preciso salientar o esforço dos Espíritos Arquitetos em
nossa equipe de trabalhos habituais.
Em cada reunião espírita, orientada com segurança, temo-los prestativos e operantes,
eficientes e unidos, manipulando a matéria mental necessária à formação de quadros educativos.
Simplifiquemos o assunto, quanto seja possível, para compreendermos a necessidade de nosso
auxílio a esses obreiros silenciosos.
Aqui, como em toda parte onde tenhamos uma agremiação de pessoas com fins determinados,
existe na atmosfera ambiente um centro mental definido, para o qual convergem todos os
pensamentos, não somente nossos, mas também daqueles que nos comungam as tarefas gerais.
Esse centro abrange vasto reservatório de plasma sutilíssimo, de que se servem os
trabalhadores a que nos referimos, na extração dos recursos imprescindíveis àcriação de formas pensamento, constituindo entidades e paisagens, telas e coisas semi-inteligentes, com vistas
à transformação dos companheiros dementados que intentamos socorrer.
Uma casa como a nossa será, inevitavelmente, um pouso acolhedor, abrigando, em nossos
objetivos de confraternização, os amigos desencarnados, enfermos e sofredores, a se desvairarem na
sombra.
Para que se recuperem, é indispensável recebam o concurso de imagens vivas sobre as
impressões vagas e descontínuas a que se recolhem. E para esse gênero de colaboração
especializada são trazidos os arquitetos da Vida Espiritual, que operam com precedência em nosso
programa de obrigações, consultando as reminiscências dos comunicantes que devam ser
amparados, observando-lhes o pretérito e anotando-lhes os labirintos psicológicos, a fim de que em
nosso santuário sejam criados, temporariamente embora, os painéis movimentados e vivos, capazes
de conduzi-los à metamorfose mental, imprescindível à vitória do bem.
É assim que, aqui dentro, em nossos horários de ação, formam-se jardins, templos, fontes,
hospitais, escolas, oficinas, lares e quadros outros em que os nossos companheiros desencarnados se
sintam como que tornando à realidade pregressa, através da qual se põem mais facilmente ao
encontro de nossas palavras, sensibilizando-se nas fibras mais íntimas e favorecendo-nos, assim, a
interferência que deve ser eficaz e proveitosa.
Delitos, dificuldades, problemas e tragédias que ficaram a distância, requisitam dos nossos
companheiros da ilustração espiritual muito trabalho para que sejam devidamente revisionados,
objetivando-se o amparo a todos aqueles que nos visitam, em obediência aos planos traçados de
mais alto.
É assim que as forças mento-neuro-psíquicas de nosso agrupamento são manipuladas por
nossos desenhistas, na organização de fenômenos que possam revitalizar a visão, a memória, a
audição e o tato dos Espíritos sofredores, ainda em trevas mentais.
Espelhos ectoplásmicos e recursos diversos são também por eles improvisados, ajudando a
mente dos nossos amigos encarnados, que operam na fraseologia assistencial, dentro do Evangelho
de Jesus, a fim de que se estabeleça perfeito serviço de sintonia, entre o necessitado e nós outros.
Para isso, porém, para que a nossa ação se caracterize pela eficiência, é necessário oferecerlhes
o melhor material de nossos pensamentos, palavras, atitudes e concepções.
Toda a cautela é recomendável no esforço preparatório da reunião de intercâmbio com os
desencarnados menos felizes, porque a elas comparecemos, na condição de enfermeiros e
instrutores, ainda mesmo quando não tenhamos, em nosso campo de possibilidades individuais, o
remédio ou o esclarecimento indispensáveis.
Em verdade, contudo, através da oração, convertemo-nos em canais do socorro divino, apesar
da precariedade de nossos recursos, e, em vista disso, é preciso haja de nossa parte muita
tranquilidade, carinho, compreensão e amor, a fim de que a colaboração dos nossos companheiros
arquitetos encontre em nós base segura para a formação dos quadros de que nos utilizamos na obra
assistencial.
Nossa palavra é simplesmente a palavra de um aprendiz.
Achamo-nos entre os mais humildes recenvindos à lide espiritual, mas, aproveitando as
nossas experiências do passado, tomamos a liberdade de palestrar, comentando alguns dos aspectos
de nossa sementeira e de nossa colheita, que funcionam todos os dias, conforme o ensinamento
imortal do Senhor: — «A cada um por suas obras.»
Efigênio S. Vítor

Afastando-se o nosso amigo Efigênio, o nosso irmão José Xavier controla o médium e
avisa-nos, prestimoso:
Solicitamos ainda aos companheiros alguns instantes de silêncio e oração, para que
a nossa irmã Auta de Souza, presente em nossa casa, se manifeste, segundo os seus
desejos.
Decorridos alguns momentos, o médium apresenta singular modificação. A conhecida poetisa
norte-rio-grandense domina-lhe as faculdades e recita em voz pausada e comovedora:
SEGUE E CONFIA
Alma cansada e triste, alma sincera,
Sorve a angústia do calix derradeiro!
Guarda a bênção da fé sob o madeiro
Da aflição que te punge e dilacera.
Trabalha, serve e crê, ajuda e espera,
Imitando o Celeste Companheiro...
Um dia, o doloroso cativeiro
Será livre e ridente primavera.
Vencendo ulcerações, trevas e escombros,
Bendize a dor que te enriquece os ombros
Com as chagas do martírio austero e forte.
A cruz que te aguilhoa, dia a dia,
É o luminoso preço da alegria
Na vida que te aguarda além da morte.
Auta de Souza

Instruções Psicofônicas      Francisco C. Xavier

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