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quinta-feira, 20 de junho de 2013

MEDIUNIDADE - A mediunidade no solteiro e no casado

Olá,
A vida cotidiana interfere significativamente na vida psíquica.
Tudo o que fazemos e como fazemos segue um ritmo ditado pelo psíquico, porém os condicionamentos que a cultura, a educação e o meio impõem, lhe alteram seu funcionamento.
Muitas  vezes, os espíritos desencarnados que trabalham com certos médiuns alteram a vida particular deles para que se moldem ao que  desejam.
Noutros, eles, os espíritos, se adaptam ao


 “modus  vivendi” de seus médiuns. Num e noutro caso há perdas e ganhos  para ambos os lados.
A opção de casar, isto é, de viver em companhia de alguém,  numa relação marital, impõe obrigações que, se não respeitadas,  podem interferir psiquicamente no exercício e no desenvolvimento
da mediunidade.
 Quando um dos parceiros opta  pelo exercício da mediunidade numa instituição espírita, deve, antes
de iniciar a prática, conversar com o outro de forma conciliatória,  visando a inserção adequada daquela nova atividade, sem prejuízos  às obrigações familiares ou maritais.
O exercício da  mediunidade deve ser feito de tal forma que não venha a ser um  elemento favorecedor à separação do casal ou trazer dissabores  à convivência.
O psiquismo da pessoa que vive maritalmente contém, na consciência, elementos que se prestam a determinadas projeções  de que os desencarnados se utilizam para transmitir suas idéias,  em formatos diferentes daqueles cujos médiuns são solteiros.
 Os  solteiros, isto é, aqueles que não vivem maritalmente com alguém,  (nem vivem relações não convencionais) não possuem em seu  psiquismo os elementos (símbolos) semelhantes aos casados.
 Não  vivem, os solteiros, situações típicas da vida marital, principalmente  na esfera relacional, a qual impõe doações e renúncias em  favor do outro. Mesmo que o solteiro more com alguém (mãe ou
outro parente) a relação será diferente da marital.
O produto da  mediunidade intelectual, no que diz respeito aos símbolos que  formatam o conteúdo das mensagens será, portanto, diferente para  cada caso.
Em alguns casos, o exercício da mediunidade pública coloca  o indivíduo em certo grau de projeção que pode levá-lo a  deixar a vida marital e, às vezes, familiar, para se dedicar ao serviço  com mais tempo e sem as obrigações materiais que tinha.
Alguns seguem a vida sem uma vida marital, outros, buscam uma  relação não convencional. Essa mudança nem sempre favorece o  processo de individuação (crescimento e desenvolvimento da
personalidade) do médium, muito embora, em certos casos, pode  ser um ganho para a divulgação do Espiritismo.
Devem, os médiuns,  nesse caso, avaliar se abdicam ou não de sua realização pessoal em favor do coletivo, ou buscam uma forma conciliatória  de viver. A alternativa que direcione exclusivamente para uma das  opções traz sempre algum prejuízo.
Alguns médiuns, quando casados, por conta de conflitos  na esfera familiar, tendem a transferir suas soluções para o conteúdo  das comunicações, dificultando assim a transparência nas  mensagens de que são veículos.
Alguns candidatos ao exercício mediúnico, quando mais  jovens, ficam indecisos entre uma relação amorosa e o exercício  de sua mediunidade, às vezes, acreditando que uma coisa atrapalha  a outra.
Não se trata de uma escolha entre opostos, mas de aprender a dedicar atenção a coisas distintas.
O exercício da  mediunidade não deve ser empecilho a uma vida amorosa saudável.
Mesmo para aqueles que já reencarnam com a mediunidade  ostensiva, não será prejuízo ter uma vida amorosa e familiar harmônica.
Não é necessário abdicar de uma família para aqueles  que querem tê-la. Não se deve colocar a mediunidade pública  em oposição à constituição de uma família.
É preciso aprender a conciliar interesse público com interesse  privado. Saber viver equilibradamente as duas dimensões  da vida é uma demonstração de maturidade psicológica e evolução  espiritual.
Os símbolos presentes na vida de uma pessoa solteira, isto  é, que não conviva com um parceiro, diferem daqueles dos casados,  por conta de se aproximarem mais do inconsciente.
 O  psiquismo do solteiro tende a desenvolver símbolos relativos à  autonomia na própria vida. A experiência de ser o único responsável  pelas escolhas que faz na vida desenvolve neles um senso
de independência, liberdade e a necessidade de serem muito mais  atentos à sua rotina, já que não possuem a quem atribuir a culpa  pelo que fazem ou deixam de fazer.
Por conta de sua condição,  aprendem a autogerir a própria vida, pois não contam no dia-adia
com alguém com quem dividir responsabilidades.
Criam disciplina  própria, independente das cobranças externas, mas afinada  com sua consciência de propósito de vida. Abrem espaços  para cuidar das várias dimensões da própria vida com vista à
individuação. Os desafios que vencem promovem a existência de  símbolos no psiquismo que se prestam a outras qualidades de  comunicações mediúnicas, tão válidas quanto as dos casados.

PSICOLOGIA E MEDIUNIDADE                           ADENAUER NOVAES

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