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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

MEDIUNIDADE - ADOLESCÊNCIA E MEDIUNIDADE

Olá,

A adolescência é a fase das grandes transformações da
encarnação. Nela ocorre a finalização do processamento da reencarnação, a consolidação do ego e necessidade de separação dos padrões paterno-materno, a maturação dos órgãos sexuais, identificação com um grupo social, dentre outros processos que colocarão o espírito encarnado em condições de iniciar seus desafios.
Na adolescência, que geralmente vai dos 12 aos 18 anos,
quando os hormônios estão em ebulição no corpo físico e



as transformações na consciência são bem marcantes, é que a mediunidade parece dar seus primeiros sinais. Alguns adolescentes demonstram, às vezes, mais maturidade do que os adultos na busca e
compreensão das questões espirituais e da religião.
 Devem os pais não só respeitar, como estimulá-los ao estudo das questões espirituais, a fim de auxiliá-los na compreensão da vida e da própria mediunidade, quando apareçam suas primeiras manifestações.
Da mesma maneira que se lida com a mediunidade nas crianças, deve-se fazê-lo com os adolescentes. Conversar a respeito, mas não estimular o exercício, devido à prioridade em cuidar das questões ligadas ao desenvolvimento intelectual típico da idade.
Quando a mediunidade explícita aparece nessa fase, costuma trazer transtornos ao psiquismo do adolescente. Sua mente está ainda confusa com a vida quase adulta, com as responsabilidades
perante o mundo e com as descobertas típicas.
 É prudente buscar ajuda especializada numa instituição espírita para que a mediunidade explícita não promova o aparecimento de um transtorno psíquico.
Quando o adolescente é muito impressionável ou emocionalmente frágil, a “presença” de outro pensamento em sua mente, poderá fazê-lo acreditar, pela falta de experiências adultas, que
se trata de fantasias ou imaginações criativas.
 Como se encontra em fase de fortalecimento da identidade pessoal, dificilmente separará o que é de sua própria personalidade daquilo que porventura pertença a uma entidade desencarnada que esteja em
seu campo mediúnico.
Porém, quando o adolescente, pela sua expressão verbal, pela naturalidade e segurança com que lida com o fenômeno mediúnico, demonstrar compreensão e maturidade para exercer sua mediunidade, não há risco em que participe das mesmas reuniões dos adultos. Mesmo assim sendo, é prudente que seja sempre assistido por pessoas mais experientes.
O desenvolvimento da mediunidade na adolescência, sobretudo ao final dela, não deve ocorrer em prejuízo das atividades educacionais do jovem. Deve-se estimulá-lo à responsabilidade para com a escola formal em paralelo aos seus estudos espíritas.
Importante também é sua formação profissional e, na idade adequada, conseguir um trabalho digno, para que não se descuide de sua independência financeira futura. Igualmente para que não deixe de exercer sua cidadania e respectivas obrigações sociais.
O Espiritismo prega que o bom espírita seja bom cidadão, bom pai ou mãe, bom filho-filha, bom empregado ou bom patrão, bom administrador de seus recursos materiais etc.
O estudo mediúnico para o adolescente ou para um grupo de jovens, numa instituição espírita, deve ser sempre orientado por pessoas mais experientes no trato com a mediunidade, a fim de se evitarem problemas ligados a obsessão ou mesmo para que se evite a excessiva focalização do fenômeno, em detrimento do estudo filosófico.
Por outro lado, os pais que porventura sejam espíritas não devem impor ao adolescente que vá ao Centro ou mesmo que desenvolva sua mediunidade, pois tal atitude poderá ser prejudicial
à relação com ele e contribuir para que considere a instituição um local de correção. O Espiritismo deve ser oferecido como uma opção à busca de espiritualidade. O melhor instrumento, o qual servirá de estímulo ao adolescente para dedicar-se aos estudos espíritas, será sempre o comportamento e o exemplo dos pais.

PSICOLOGIA E MEDIUNIDADE              ADENÁUER  NOVAES

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