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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

MEDIUNIDADE - CONTROLE DA MEDIUNIDADE

Olá,

Conquanto se possa, dentro de limites razoáveis, exercer contrôle sôbre os
médiuns, desde o início do desenvolvimento, orientando-os moralmente,
esclarecendo-os sobre a maneira mais perfeita de exercerem as faculdades
que possuam, ou, noutro sentido, impedindo ou reduzindo ao mínimo as
possibilidades de mistificação, de quedas e fracassos, já o mesmo não sucede em relação às faculdades em si mesmas, porque seu domínio nos escapa.
Não há processo algum que se possa empregar, de forma sistemática e ao
alcance de todos, que realmente inspire confiança e represente segurança



para enfrentar os múltiplos e complexos aspectos que a mediunidade constantemente nos apresenta na prática.
Apesar do avanço extraordinário da ciência e porque este avanço ainda não se deslocou do terreno material, o intercâmbio entre os mundos físicos e hiperfísicos continua a depender inteiramente da faculdade mediúnica e, se o Espiritismo, com a Terceira Revelação, levantou grande parte do velário
misterioso que a esse intercâmbio se opunha, criando um corpo de doutrina perfeito e francamente acessível, nem por isso conseguiu estabelecer condições positivas desse controle.
Quero dizer que, teoricamente, tudo é compreensível, aceitável, perfeito
mas, quanto à prática, quanto à execução, não há ainda elementos seguros e ao alcance de todos que permitam um procedimento comum, sistematizado, “standard”.
Nunca se pode saber com exatidão, qual o caminho a seguir, em partindo de um ponto dado, para atingir outro ponto determinado, com segurança e uniformidade. Há sempre imprevistos, retardamentos ou acelerações, desvios ou flutuações de toda sorte.
Por mais aprofundados que sejam os estudos ou a observação de determinado problema, surge um momento em que ele nos escapa, foge-nos das mãos, sofre interferencias, remonta a planos onde não podemos ter acesso.
Se apurarmos o controle em torno ao médium, muitas vezes sucede que a solução passa a depender do Espírito ou Espíritos manifestantes e, se tentamos controlar a estes, fica-nos o problema ainda mais difícil por impossibilidades que decorrem da diferença de planos ou por carência de elementos objetivos de observação.
E isso sempre sucede de maneira a não podermos afirmar nem negar, por falta de dados positivos, do que resulta ficarmos sempre com o nosso julgamento em suspenso.
E aqueles que, por se julgarem mais argutos ou mais ousados, formularem julgamentos radicais terão o desprazer de verificar, mais hoje mais amanhã, que foram precipitados e cometeram erro.
Não estamos, é claro, nos referindo aos fenômenos, às manifestações dos Espíritos, sobre os quais estamos seguros, podendo mesmo classificá-los segundo seus aspectos, mas sim à mediunidade em si mesma e às suas manifestações através os médiuns.
Não se venha também, do que fica dito, concluir falsamente que o Espiritismo é um terreno movediço, instável, desorientador —o que todos sabem que não é — mas admitir, isto sim e prudentemente que, quanto à mediunidade, nós constatamos sua existência e utilizamo-la sem contudo possuirmos em mãos
as rédeas que a dirigem.

MEDIUNIDADE         EDGAR ARMOND

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