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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

MEDIUNIDADE - MEDIUNIDADE DE PROVA SEUS ASPECTOS

Olá,

Já sabemos que a mediunidade é problema complexo no que se refere às suas manifestações e natureza podendo, por isso, ser encarada sob vários pontos de vista.
Quanto à sua razão de ser, todavia, afeta somente dois aspectos que são fundamentais e originalmente opostos,
a saber:
ou é faculdade própria do espírito, conquista sua, quando já adquiriu possibilidades maiores, quando atingiu graus mais elevados na escala evolutiva,
ou é capacidade transitória, de emergência, obtida por graça,



com auxílio da qual o Espírito pode apressar sua marcha e redimir-se.
No primeiro caso, o Espírito, já convenientemente evoluído, é senhor de uma sensibilidade apurada que lhe permite vibrar normalmente em planos superiores, sendo a faculdade puramente espiritual.
No segundo caso foi fornecida ao médium uma condição psicossomática especial, não hereditária, que lhe permite servir de instrumento aos Espíritos desencarnados para suas manifestações, bem como demonstrar outras modalidades da vida espiritual.
Conquanto os efeitos sejam, nos dois casos, mais ou menos semelhantes, diferentes são todavia as causas e os valores qualitativos das faculdades.
Como a maioria dos médiuns pertence a esta segunda categoria, vamos em seguida nos deter mais demoradamente em seu estudo.
Em sua trajetória evolutiva o Espírito, como dissemos, se purifica, se aperfeiçoa, aumenta sua sensibilidade e adquire cada vez maiores, mais altas e mais amplas faculdades psíquicas.
Essa é a lei natural.
Porém estamos cansados de ver indivíduos moralmente retardados, de sentimentos imperfeitos, que possuem faculdades mediúnicas das mais diversas naturezas.
Se a posse de faculdades decorre de elevação espiritual, como podem tais indivíduos possuí-las enquanto outros, evidentemente mais adiantados, não as possuem?
Que sucede nestes casos?
Alterações dessa lei geral? Anomalias? Previlégios?
Nada disso. Somente á ocorrência de uma forma de mediunidade — que chamarei, como já disse,
“DE PROVA” — isto é, posse de faculdades não propriamente conquistadas pelo possuidor, fruto de sua superioridade espiritual, mas dádiva de Deus, outorga feita a uns e outros em certas circunstâncias e ocasiões para que, no seu gozo e uso, tenham oportunidade de resgatar dívidas, sair de um ponto morto, de um período de estagnação, de um letargo ruinoso, despertando assim para um novo esforço redentor.
Recebendo essa prova da misericórdia de Deus, concedida quase sempre pela intercessão de Espíritos amigos interessados no seu progresso ou a pedido próprio  de duas uma; ou o beneficiado cumpre eficientemente a tarefa retificadora e, neste caso, sobe um degrau na trajetória espiritual, ou fracassa e então sofre as consequências naturais de sua obstinação ou fraqueza.
A reencarnação, para a maioria dos Espíritos inferiores, é padronizada e compulsória, porém para médiuns e Espíritos mais esclarecidos cada caso é estudado e providenciado individualmente, com assistência do interessado.
Em seu livro “Nos Domínios da Mediunidade” André Luiz também confirma integralmente o termo “mediunidade de prova proposto por nós desde 1945 quando diz à página 76:
“Ninguém pode avançar livremente para o amanhã sem solver os compromissos de ontem. Por esses motivos Pedro traz consigo “aflitiva mediunidade de provação”.
E mais adiante: “Médiuns repontam em toda parte, entretanto raros já se desvencilharam do passado sombrio para servir no presente à causa comum da humanidade, sem os enigmas do caminho que lhes é particular”.
Essas consequências são todas de ordem moral e representam sempre um retardamento na marcha ascencional do Espírito que deverá então tentar de novo e agora em condições mais desfavoráveis e custosas.
A posse dessas faculdades de prova é dada a muitos Espíritos em determinadas épocas, entre outras quando, por exemplo, os Guias do Mundo necessitam promover no seio da humanidade determinados efeitos, movimentos de compreensão mais enérgicos, impeli-la mais decisivamente para novos rumos ou chamar a atenção para determinados aspectos da vida espiritual, necessários à regularidade da marcha evolutiva.
Então legiões de Espíritos recebem essa possibilidade, essa chance e reencarnam na posse de faculdades que por si mesmos não conquistaram, faculdades de empréstimos, se podemos assim dizer, e que devem devolver na forma de bom trabalho realizado e de aproveitamento próprio.
Produz-se assim uma generalização, um derrame de dons mediúnicos que fortemente atuam sobre os Espíritos endurecidos ou incrédulos, fomentando no meio social coletivo modificações irresistíveis do ponto de vista moral ou religioso.
E esse acontecimento é plenamente justificável e apropriado porque as massas humanas, desviadas quase sempre das coisas divinas, somente por efeito do chamado sobrenatural se detêm, meditam e se reformam.

MEDIUNIDADE          EDGAR ARMOND

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