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terça-feira, 17 de setembro de 2013

MEDIUNIDADE - SENSIBILIDADE INDIVIDUAL

Olá,

Já falamos da sensibilidade de um modo geral e agora vamos estudá-la mais particularizadamente e de um ponto de vista mais científico.
Existem o mundo físico e o mundo hiperfísico, e as diferenças entre as diversas manifestações de Matéria, Energia e Espírito, resultam de ordens variáveis de vibrações.
No universo tudo vibra e se transforma ora involuindo:



Espírito para Energia  — Energia para Matéria; ora evoluindo: Matéria para Energia — Energia para Espírito. E nessa perene transformação os mundos se entrelaçam harmoniosamente, formando um todo uno e indivisível.
Voltando ao físico e ao hiperfísico, quando as vibrações entre os dois mundos se equilibram, se sintonizam, ligações íntimas se estabelecem, em maior ou menor ressonância. E essa sintonia, quando se verifica entre habitantes desses mundos, permite, como é natural, intercâmbio entre essas
entidades.
Pois, a faculdade de oferecer tal sintonização é que constitui o que chamamos mediunidade. E todos nós possuimos essa faculdade em maior ou menor grau, porque viemos da mesma origem, temos a mesma constituição e caminhamos para o mesmo fim. Todos nós oferecemos essa possibilidade, que
tanto mais ampla e perfeita se torna quanto mais alto subimos e disso se conclui, portanto, que a faculdade mediúnica é espiritual e não material.
É verdade que o que se julga é coisa diferente, sendo, para muitos, ponto assente que a mediunidade é fenômeno orgânico. Mas acreditamos que isso seja resultado de haverem encarado o problema somente do ponto de vista objetivo e não sob o transcendente.
André Luiz — que reputamos grande autoridade sobre realidades da vida espiritual — afirma o seguinte: — “mediunidade não é disposição da carne transitória e sim expressão do espírito imortal”.
Admitindo-se, porém, que a sede dessas faculdades não está situada no corpo físico mas, sim, no corpo etéreo ( Corpo etéreo — duplicado físico formado pelas emanações fluídicas dos citoplasmas.)
isto é, que não se exercem pelos órgãos dos sentidos físicos mas, sim, pelos órgãos dos sentidos psíquicos, fica-se com o assunto desde logo esclarecido.
Ora, se todos somos médiuns, sensíveis porém em maior ou menor grau a vibrações de outros planos, o primeiro sintoma, vamos dizer assim, dessa faculdade será a sensibilidade individual.
Prosaicamente admitimos que um indivíduo rude, pesado, maciço, sente menos, isto é — é menos sensível ou, melhor, menos sensitivo que outro de constituição mais delicada.
É admissível também que um lutador de box seja menos sensível que um poeta e um pintor, verdadeiramente artista, muito mais influenciável pela beleza das coisas, que um magarefe; um pensador mais que um “gangster”...
Isto não quer dizer, é óbvio, que determinadas profissões afastem a possibilidade mediúnica mas sim — que a faculdade não se manifesta em grau apreciável a não ser em organizações individuais apropriadas.
Também está visto que a faculdade natural não representa um “dom” — como muitos admitem — visto que isso viria constituir privilégio quando, ao contrário, sua posse corresponde a méritos já conquistados, vale por um direito já adquirido, representa um acesso a determinado degrau da escada evolutiva, qualquer que ele seja .
 Inúmeros são os que julgam ser a mediunidade um dom e o próprio Codificador assim o disse em suas obras, mas compreenda-se que o termo dom está aí empregado como uma outorga de Deus a espíritos em prova e não como um privilégio de alguns em relação a outros o que seria clamante injustiça, tanto mais que a maioria dos médiuns são, como se sabe, espíritos devedores em maior grau que muitos que não são médiuns. Entenda-se dom como tarefa transitória a desempenhar e da qual se prestará contas e não como atributo ou privilégio permanente do espírito.
 Aliás o próprio Kardec em outro ponto diz que “o que constitue o médium propriamente dito é a faculdade que possue” dando claramente a entender que não se trata de atributo pertencente à pessoa, ao espírito, mas simples missão de trabalho a desempenhar.
E, mesmo nos casos em que é outorgada como “prova” — e prova de fogo — aí então, muito menos, ela é um dom, justamente porque é uma prova.
Mas voltemos à sensibilidade no campo individual para dizer que ela apresenta aspectos diversos que vão desde o clássico “nervoso constitucional” até as formas mais avançadas do transe completo.
Vai-se desenvolvendo aos poucos, silenciosamente e aos poucos aumentando de intensidade, apresentando formas variadas de perturbações físicas e psíquicas até que um sintoma mais positivo surge transformando a sensibilidade — condição estática vegetativa —em mediunidade — estado
dinâmico funcional.
É como um feto no ventre, que se está formando, ou como uma semente
vegetal que, dia a dia, aumenta de fôrça e se transmuda até o momento em
que, em plena eclosão expansiva, rompe as últimas resistências do solo e se
transforma em árvore.
E assim como não podemos interferir no processo genético animal ou vegetal, tampouco o podemos no da faculdade mediúnica cabendo-nos somente o cuidado de “adubar o solo” e oferecer à planta condições favoráveis de vida e crescimento.
A sensibilidade é pois o prenúncio da mediunidade e todos os indivíduos que a apresentam devem ir se aproximando do campo da vida espiritual, fornecendo ao seu próprio espírito o alimento sazonado e puro de que  ele carece para desenvolver-se, fortificar-se e tornar-se digno do grandioso trabalho que o espera na seara da espiritualidade.


MEDIUNIDADE                                   EDGAR ARMOND

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