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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

MEDIUNIDADE - A LUCIDEZ III

Olá,

Uma forma também muito interessante de lucidez é aquela em que o Espírito do médium, exteriorizado, abandona sua “mente menor” (aquela que usa na vida comum, a que trouxe para as provas da presente encarnação) e penetra na “mente maior”, na “mente total”, (a que se liga a todos os fatos de
sua evolução, a que contém todas as reminiscências do seu passado) e, integrado momentaneamente nela, revive determinadas cenas e fatos, ali indelevelmente
registrados. Isto, aliás, é o que sucede após cada



 encarnação, sistematicamente e de forma natural, quando o Espírito retorna ao Espaço.
Neste caso de que estamos tratando, de reintegração momentânea na mente maior, o processo é nitidamente sonambúlico, não do sonambulismo clássico, em que há sujeição forçada a um hipnotizador encarnado, mas de desdobramento natural, consciente, em que o médium vive de novo os fatos, os vê e os sente e, ao mesmo tempo, os vai descrevendo verbalmente ou por escrito, gozando ou sofrendo novamente tudo aquilo que  já se passou há muito tempo, há milênios talvez.
Normalmente, quando o Espírito encarna, a mente se reduz, para esquecer o passado e recapitular determinadas experiências e, quando desencarna ela se expande, se integra, para relembrar e retomar a posse de si mesma.
Extraordinariamente, nos casos de lucidez mediúnica, a expansão mental é momentânea, restrita.

Há ainda um aspecto, aliás pouco comum, de vidência, que é de interesse relatar: são as visões coletivas, isto é, cenas observadas ao mesmo tempo por várias pessoas.
Por exemplo: batalhões de soldados que fazem manobras em planícies cheias de habitações, às vezes em pleno dia, à vista de espectadores maravilhados; caravanas numerosas de homens e animais que atravessam montanhas sumindo-se em desfiladeiros e precipícios, sem deixar vestígios;
bandos irregulares de indivíduos conduzindo veículos; rebanhos de animais conduzidos por pastores...
Tais fatos têm se verificado em alguns países, mormente na Escócia, presenciados por muitas pessoas, repetindo-se em datas determinadas e provocando assombro geral.
Não há, realmente, explicação aceitável para tais coisas e aqui as anotamos somente a título de curiosidade.
Realmente não seria crivel que os Espíritos tivessem promovido a materialização em massa de tantos indivíduos e animais, tornando-os francamente visíveis; nem também crível que por coincidência se agrupassem em determinados dias e horas e no mesmo local tantas pessoas possuidoras de faculdade de vidência; nem ainda que sobre todas essas pessoas tivesse sido derramada, momentâneamente, tal faculdade, somente para aquele ato; nem, por último, que todas essas pessoas, durante várias horas tivessem sido vítimas de uma tremenda ilusão dos sentidos e com tamanha uniformidade,
vendo todas elas as mesmas coisas e da mesma maneira.
Como quer que seja o fenômeno existe e tem sido observado inúmeras vezes.
Realmente trata-se de imagens mentais projetadas por Espíritos dotados de alta capacidade realizadora, no campo das criações ideoplásticas.

AUDIÇÃO

É a faculdade mediante a qual o médium ouve vozes proferidas pelos Espíritos e sons produzidos por estes, bem como outros, ligados à própria vida da Natureza.
Quase sempre a audição desperta no médium que já manifestou vidência, visto serem faculdades que mútuamente se completam.
As vozes e os sons reboam às vêzes dentro do cérebro do médium e outras vezes são ouvidas exteriormente, de mais longe ou de mais perto, segundo a capacidade de audição que o médium manifestar.
No primeiro caso, o espírito que fala transmite a palavra ou o som e as ondas sonoras não atravessam a cortina fluídica de proteção que separa o perispírito do corpo denso, permanecendo no campo das atividades do perispírito; tais impressões não são transmitidas aos órgãos dos sentidos físicos e, por isso, é que o médium tem a impressão de que ouve dentro do cérebro.
No segundo caso as impressões sonoras são transmitidas através da cortina fluídica, atinge os órgãos dos sentidos e caem no campo da consciência física; afetam os nervos sensoriais da audição, mesmo sem passar pelo tímpano, simplesmente por indução.
E ainda pode suceder que o espírito emissor dos sons ou vozes aja diretamente sobre a atmosfera ambiente, materializando-os ou melhor, condensando-os, mais ou menos intensamente, a ponto de poderem ferir o tímpano do ouvido físico, para provocar uma audição direta e comum.
O mais comum é o primeiro caso, isto é, a permanência dos sons no campo da atividade perispiritual, sem atravessar a cortina fluídica de separação.
O médium auditivo tanto pode captar ondas sonoras provindas de espíritos desencarnados que deliberadamente as transmitem, como quaisquer rumores, vozes, palavras e até mesmo conversações inteiras, provindas do mundo etéreo, mesmo quando não sejam emitidas deliberadamente para seu
conhecimento. Aberto seu campo auditivo para esse mundo referido, o médium poderá captar muita cousa do que nele se passa, de forma mais ou menos perfeita, segundo sua própria capacidade de audição .
A forma mais comum desta faculdade e a mais simples é a telepática.

MEDIUNIDADE            EDGAR  ARMOND

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