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quarta-feira, 6 de novembro de 2013

MEDIUNIDADE - SONHOS REAIS

Olá,

Enquanto o corpo físico repousa, o Espírito passa a agir no plano espiritual, no qual terá maior ou menor liberdade de ação, segundo sua própria condição evolutiva; uns se conduzem livremente, outros ficam na dependência de
terceiros, mas todos são atraídos para lugares que lhes sejam afins ou correspondentes.
Pois, justamente aquilo que vê, ouve ou sente; os contactos que faz, com pessoas ou coisas d esses lugares ou esferas de ação é que constituem os sonhos reais que, como bem se compreende, não são mais elaborações da mente



 sub-consciente individual mas sim perfeitas visões, diretas e objetivas desses mundos; verdadeiros desdobramentos, exteriorizações involuntárias do Espírito.
Os encarnados, sujeitos como são às leis que regem o plano material, delas não se libertam senão com o desencarne e por isso, mesmo quando exteriorizados durante o sono, as leis prevalecem mantendo os véus de obscuridade vibratória entre os dois mundos.
Essa é a razão por que os sonhos, mesmo os reais são, normalmente indistintos, nebulosos, de difícil recordação. Por isso também é que quando há necessidade de obviar a esse estado de coisas, fazendo com que os sonhos sejam mais fàcilmente recordáveis, os agentes do invisível lançam na mente do
adormecido poderosas sugestões, facilmente transformáveis, ao despertar, em imagens mentais e quadros alegóricos representativos dos ensinamentos, advertências ou experiências que o dormente deve recordar.
Costumam também conduzir o adormecido a regiões ou instituições do Espaço proporcionando-lhe contatos e experiências necessárias ao seu aprendizado espiritual, dos quais a recordação, pelo referido processo, sempre de alguma forma permanece.
E se isso acontece em relação aos Espíritos bons também sucede com os maus que, valendo-se da lei das afinidades vibratórias, apoderam-se dos dormentes e os carregam para seus antros, inoculando-lhes ou alimentando em suas mentes desprotegidas, idéias ou tendências maléficas.
Os médiuns, pois, que se guardem dessas infelizes possibilidades, purificando-se em corpo e espírito para que sua tonalidade vibratória se eleve e orando e vigiando como o Divino Mestre recomendou.
Conforme, porém, seu desenvolvimento espiritual pode o Espirito, assim desdobrado, viajar em várias regiões etéreas, vê-las e compreendê-las; instruir-se; penetrar acontecimentos passados ou futuros, do setor dos chamados sonhos simbólicos ou proféticos.
Nesse mundo diferente, no qual ingressamos diariamente, muita coisa está à nossa disposição, como auxílio ao nosso esforço evolutivo: material de estudo, elementos de investigação, contatos reparadores, conselhos e instruções de amigos desencarnados ou não e de instrutores espirituais.
A luminosidade, a nitidez, a clareza, a lógica e o colorido, eis as características inconfundíveis desses sonhos reais, únicos verdadeiros.
O que é necessário é que tenhamos durante esses sonhos relativa consciência do que se passa e isso só podemos, normalmente conseguir, por meio de continuados exercícios de auto sugestionamento e disciplinamento da vontade, que devem ser feitos diariamente, antes de adormecer e em prévio
entendimento com o guia espiritual.
Poucos são os que ao despertar se recordam dessa vida esquisita que viveram durante o sono.
Em geral só nos recordamos do último sonho, o que antecedeu o despertar e esse mesmo é logo varrido da memória com a interferência brutal dos acontecimentos materiais imediatos.
No livro “Os Mensageiros” Capítulo 37º — André Luiz, referindo-se aos encontros que se dão durante o sono, acrescenta:
“Estas ocorrências nos círculos da crosta dão-se aos milhares, todas as noites. Com a maioria de irmãos encarnados o sonho apenas reflete perturbações fisiológicas ou sentimentais a que se entregam; entretanto existe grande número de pessoas que com mais ou menos precisão estão aptas a desenvolver este intercambio espiritual”.
Vivemos atualmente na carne com perda de mais de um terço de nossa vida consciente, que escapa assim ao nosso controle, nas brumas e no esquecimento do sono.
O problema está, pois, em obtermos aos poucos esse domínio, vivendo conscientemente, tardio de dia como de noite, na vigília como no sono, — para que a luz da verdade triunfe das sombras da morte, e para que a vida realmente seja eterna.
* * *
Estas faculdades de lucidez, tão belas e tão úteis, abrem ao médium educado e consciente um mundo extraordinário de conhecimentos e revelações espirituais. Transformam o homem em um ser diferente, visto que possui o poder de, mesmo quando encarnado, viver nos dois mundos.
Rasgam-se para ele ilimitados horizontes que abarcam muito do universo e lhe permitirão compreender muitas das grandezas da criação divina.
Mas é preciso educação e desenvolvimento metódico e progressivo, o que só se torna possível quando o Espírito está em condições de mérito próprio, quando é digno e pode merecer a colaboração preciosa e indispensável de assistentes espirituais competentes.
Muitos processos são usados para esse desenvolvimento, sendo os mais comuns, para a vidência por exemplo, os do grupo da cristalovidência, isto é: a fixação de superfícies lisas e brilhantes como sejam bolas de vidro, garrafas ou copos contendo água, espelhos, lentes, objetos de metal polido, poças de água, borrões de tinta e a própria unha convenientemente polida.
Mas nenhum processo material ou artificial dará resultado se, do ponto de vista moral, ou segundo as necessidades de sua própria evolução, o individuo não for digno.
As superfícies brilhantes provocam uma auto-hipnotização que nada resolve em definitivo, porque se os assistentes invisíveis nada projetarem sobre tais superfícies nada poderá ser visto; costumam todavia os guias aconselhar às vezes tais processos com o intuito de obrigar o estudante e fazer exercícios de concentração, familiarizando-se com a disciplina mental.
Costumam também agir diretamente sobre os médiuns em desenvolvimento, aumentando-lhes as vibrações da glândula Pineal e projetando-lhes durante o sono ou no semi-sono, quadros simbólicos no campo da visão. Valem-se também do ambiente formado nas sessões espíritas bem conduzidas para
produzir tais fenômenos, por terem nessas ocasiões, a seu dispor, cargas poderosas de fluidos apropriados às formações ideoplásticas.
Mas, repito, para o desenvolvimento dessas faculdades a condição essencial é a reforma individual do médium com a purificação de seus pensamentos e atos, porque disso decorrerá a elevação de sua vibração perispiritual a um nível compatível com a produção de tais fenômenos.

MEDIUNIDADE             EDGAR ARMOND

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