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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mediunidade - Adaptação Psíquica - O AMBIENTE

Olá,

Referimo-nos tanto ao ambiente individual, à atmosfera digamos assim, em que vive o médium, como ao das reuniões que frequenta.
O ambiente individual deve ser criado e mantido pelo próprio interessado tanto quanto possível. Cada um de nós vive dentro de seu próprio mundo, carrega-o consigo e alimenta-o constantemente com seus próprios pensamentos e atos; e o conjunto desses mundos individuais forma o mundo exterior coletivo, que é o palco onde todos se movem e representam os mais variados papéis.
Cada um vê, sente e compreende esse mundo exterior de
certa forma, segundo sua própria capacidade de ver, sentir e compreender, e segundo o modo por que reage às suas influências.

O médium tem de formar para si um mundo individual bem equilibrado e harmônico, bem claro e bem metódico, onde as coisas materiais e espirituais estejam inteligentemente reguladas, cada uma no seu devido lugar, exercendo sua ação no devido tempo, sem atropelo e sem predominâncias arbitrárias.
Por efeito de sua própria mediunidade há nele forte tendência de se deixar empolgar pelas coisas do campo espiritual, com desprezo do mundo físico; porém, nesse período preparatório, quando se busca antes de mais nada o equilíbrio, é necessário evitar esses arrastamentos, para que possa continuar a
cumprir, normalmente, seus deveres e compromissos materiais.
Esse equilíbrio ele tem que obtê-lo, tanto no seu íntimo como em sua vida doméstica e social e, por isso, desde o inicio, deve se traçar um programa de ação e se sujeitar a regras judiciosas que correspondam às suas próprias necessidades.
E são também indispensáveis, desde logo, a alternância criteriosa de esforço e de repuso, recreações de ordem elevada e contatos amiudados com a Natureza, que é fonte inesgotável de elementos recuperadores, harmonizadores. Somente quando adquirir harmonia em si mesmo poderá ele
vibrar em concordância com as coisas divinas.
Percebe-se, pois, do que fica dito, que deve fugir das coisas que ofendem a sensibilidade, deprimem e irritam o espírito; das frivolidades que relaxam as energias morais; dos espetáculos onde as paixões inferiores se desencadeiam freneticamente.
Precisa, por outro lado, criar um ambiente doméstico favorável, pacífico fugindo a discussões estéreis e desentendimentos e sofrer as contrariedades inevitáveis com paciência e tolerância evangélicas.
Como pai, como irmão ou como filho mas, sobretudo como esposo, deve viver em seu lar como um exemplo vivo de pacificação, de acomodação, de conselho e de boa vontade. Não esqueça que, em sua qualidade de médium de prova, ainda não desenvolvido ou, melhor, educado, representa sempre
uma porta aberta a influências perniciosas de caráter inferior que, por seu intermédio, comumente atingem os indivíduos com quem convive.
E, quanto à sua vida social, deve exercer seus deveres com rigor e honestidade, guardando-se porém de se deixar contaminar pelas influências malévolas naturais dos meios em que se põem em contacto indivíduos de toda espécie, sem homogeneidade de pensamentos, crenças, educação e sentimentos.
* * *
É muito difícil, nos tempos que correm, conservar o equilíbrio, manter a harmonia na vida de relação com os semelhantes, porque o mundo passa por uma transição profunda, em que todos os valores morais estão sendo subvertidos, caindo em degradação; e porque o médium, além das perturbações exteriores, que deve enfrentar, ainda possui as do seu próprio espírito, carente sempre de virtudes sustentadoras.
Por isso tem que envidar maior esforço que o comum dos homens para viver com retidão e manter a comunhão com o invisível, porque sem essa comunhão, devidamente selecionada, purificada, não suportará o peso das coisas do mundo, nem superará seus obstáculos.
Entretanto, e por isso mesmo, recebem os médiuns maior ajuda; têm maior facilidade e assiduidade nos contatos com o invisível e, em ampla extensão, desce sobre eles a assistência do Alto desde que, bem entendido, se esforcem, orando e vigiando, para cumprir devotadamente seus deveres.
* * *
Quanto às reuniões doutrinárias que frequenta deve fugir daquelas onde as práticas e os objetivos demonstram ignorância ou superstição, porque aí encontrará forçosamente forças negativas, que a todo transe convém evitar.
Selecione, pois, as reuniões que frequenta e naquela onde sentir-se melhor, mais agasalhado, mais amparado pelo invisível, mais sereno e confiante, mais fortificado nos seus sentimentos bons; onde sentir bem-estar espiritual, durante e após os trabalhos; naquela, principalmente, que tiver
caráter evangélico e for isenta de artifícios e de exterioridades grotescas e inúteis, aí permaneça e a considere merecedora do seu concurso.
A assistência a boas reuniões é necessária e quando isso não possa ser conseguido seja pelo estado de agitação, descontrole ou relutância do médium, ou seja por inexistência, no local, de tais reuniões — como ocorre às vezes no Interior ou no sertão — organize-se então, no próprio lar doméstico, reuniões
simples e intimas, destinadas a esse fim e dirigidas por aquele que se sentir mais capacitado para fazê-lo.
Mesmo que não se dê a essas reuniões caráter de sessão espírita como se o entende, bastará que haja uma concentração e preces, para que o médium, apoiado nesses elementos de proteção e conforto receba desde logo a necessária assistência espiritual, que nunca lhe é negada do Alto.
Em todos os casos um bom ambiente de trabalho espiritual é de capital importância.

Edgar Armond/Espíritos Diversos                       Mediunidade.

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