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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Mediunidade - COMPANHIAS ESPIRITUAIS

Olá,

“(...) criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa.
 (...) Desse modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo.”
(A Gênese, Allan Kardec, capítulo 14º, Item 15.)

A uma simples vibração do nosso ser, a um pensamento emitido, por mais secreto nos pareça, evidenciamos de imediato a faixa vibratória em que nos situamos, que terá pronta repercussão naqueles que estão na mesma frequência vibracional. Assim, atrairemos aqueles que comungam conosco e que se identificam com a qualidade de nossa emissão mental.

Através desse processo, captando as nossas intenções, sentindo as emoções que exteriorizamos e “lendo” os nossos pensamentos é que os Espíritos se aproximam de nós e, não raro, passam a nos dirigir, comandando nossos atos. Isso se dá imperceptivelmente.
Afinizados conosco, querendo e pensando como nós, fácil se torna a identificação, ocorrendo então que passamos a agir de comum acordo com eles, certos de que a sua é a nossa vontade — tal a reciprocidade de sintonia existente.
Não entraremos na questão do livre-arbítrio, sobejamente conhecida dos espíritas. Sabemos
que a nossa vontade é livre de aceitar ou não estas influenciações. Que a decisão é sempre
de nossa responsabilidade individual.
O importante é meditarmos a respeito de quanto somos influenciáveis, e quão fracos e vacilantes somos. O Espiritismo, levantando o véu dos mistérios, nos traz a explicação clara demonstrando-nos a verdade e, através desse conhecimento, nos dá condições de vencer os erros e sobretudo de nos preservarmos de novas quedas.
Fácil é pois, aos Espíritos, nos dirigirem. Isto acontece com os homens em geral, sejam eles
médiuns ostensivos ou não.
É que, como médiuns, todos somos sensíveis a essas aproximações e ninguém há que esteja
absolutamente livre de influenciações espirituais. Escolher a nossa companhia espiritual é
de nossa exclusiva responsabilidade. Somos livres para a opção.
No passado, sabemo-lo hoje, escolhemos o lado das sombras, trilhando caminhos tortuosos,
tentadores, e que nos pareciam belos. Optamos pelo gozo material, escolhendo a estrada do
crime, onde nos chafurdamos com a nossa loucura, enquanto fazíamos sofrer os seres que
de nós se aproximavam. Muitos de nós ouvimos a palavra do Cristo e tivemos a sagrada
ensancha de optar entre a luz e a sombra. Mas, aturdidos e ensandecidos, preferimos
Mamon e César.
Após essa desastrosa decisão, que repercutiria em nosso mundo intimo, em tragédias de
dores acerbas e sofrimentos prolongados pelos séculos a fora, fomos rolando, quais seixos
levados pela caudal de águas turbilhonantes, tendo junto a nós aqueles que elegemos como
companheiros de jornada. Até que chegamos, finalmente, ao porto seguro do Consolador.
Toda essa trajetória está magnificamente narrada por Joanna de Ângelis, no capitulo 24 do
seu livro “Após a Tempestade”. E ela nos adverte de que já não há mais tempo a perder:
“Estes são os momentos em que deveremos colimar realizações perenes. Para tanto,
resolvamo-nos em definitivo a produzir em profundidade, acercando-nos de Jesus e por Ele
nos deixando conduzir até o termo da jornada.”
Eis a opção que o Espiritismo nos faculta agora. Escolha consciente, amadurecida.
Escolha feita por quem já sabe e conhece. Por isto mesmo muito mais responsável.


Suely C. Shubert                                         Obsessão e desobsessão

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