Digite aqui o assunto do seu interesse:

quinta-feira, 27 de março de 2014

Mediunidade - Conversações infelizes

Olá,

As conversações pessimistas e vulgares, muito do agrado das pessoas frívolas e insensatas, além de denotarem ignorância e primarismo, facultam o intercâmbio com os Espíritos zombeteiros
 e desocupados, que se comprazem no conúbio de natureza obsessiva.
Fala-se, invariavelmente, daquilo de que está cheio o coração, conforme a conceituação apresentada por Jesus.

Escasseando os ideais de beleza e sendo mais sutil a inspiração superior, a pessoa que se permite as conversas chulas transita em lamentável condição para os distúrbios emocionais de largo porte, que se generalizam, dando lugar a uma sociedade aprisionada em clichês de sentido dúbio, em comunicações destituídas de profundidade, que sempre degeneram em conflitos e distúrbios de conduta.
A vida é bênção de alto significado para o Espírito, tendo-se em vista as oportunidades incomparáveis
de crescimento interior e de conquista de valores éticos, assim como de contemplação de belezas indescritíveis, fixando-se nas delicadas estruturas da memória, em forma de mensagens representativas do amor de nosso Pai.
Malgrado os convites inumeráveis ao otimismo e à alegria de viver, o hábito arraigado de cultivar ideias deprimentes favorece a sintonia com as mentes viciadas da espiritualidade inferior.
Torna-se inevitável a sintonia entre os seres humanos de ambos os planos da vida, tendo-se em vista a identificação de ondas, pensamentos, vibrações e sentimentos que os caracterizam.
As afinidades dão-se através da sintonia ideológica e dos comportamentos mentais e emocionais, favorecendo a união em diferentes faixas do processo de evolução.
Em razão disso, a mente deve fixar-se em ideias edificantes, de forma que a voz expresse conteúdos e significados de alta magnitude, vibrando em campos específicos de elevação espiritual, que facultam a convivência com os veneráveis mensageiros do amor e do progresso.
Em caso contrário, quando se cultivam os morbos das queixas, das censuras e das conversações infelizes, evidentemente ocorre a sintonia com as energias deletérias que envolvem o planeta e são mantidas pela invigilância daqueles que assim procedem.
A emissão da voz, nas conversações, é muito representativa do estado interior de cada pessoa.
O ideal seria que fosse canalizada para a harmonia, a oferenda de bênçãos, o conforto moral, a distribuição de conhecimentos libertadores, a ampliação da sabedoria...
Desacostumado às emoções sutis que vertem das esferas superiores, ou incapaz de captá-las por encontrar-se distanciado dos campos em que se manifestam, o indivíduo opta pela permanência nos charcos mentais, exteriorizando pelo verbo o bafio pestilento que o intoxica.
Razão alguma existe para justificar-se o diálogo azinhavrado pelas palavras carregadas de grosserias,
compostas por verbetes de significação deprimente e perturbadora.
Nos processos típicos dos transtornos depressivos, a lamentação, a autocompaixão e o cultivo do desprezo pela palavra constituem sintomas clássicos do desconforto moral do paciente e da aceitação de permanecer no poço em que se permitiu tombar por invigilância ou desar.
Invariavelmente, o desinteresse pela renovação interior, a submissão à situação deplorável, a ausência de qualquer esforço para entender a mensagem que o transtorno propõe, significam a entrega total à injunção penosa que o enfermo se permite.
Tudo, na Terra, é convite à luta, ao esforço de crescimento e ao trabalho de iluminação pessoal. Não existem concessões gratuitas nem realizações destituídas de sacrifício e de abnegação.
Quando se acompanha a glória que alguém alcança, não ocorrem as lembranças dos esforços empregados, das renúncias oferecidas, dos sacrifícios contínuos durante a ação que culminou no sucesso.
A visão da paisagem ridente no alto é permitida após a conquista do acume da montanha, nem sempre de fácil acesso.
Aquele que se aturde nos diálogos degradantes compraz-se em julgamentos indébitos a respeito do seu próximo, em acusações injustas às demais pessoas, em mecanismos de infelicidade, deixando-se permanecer inacessível a qualquer auxílio exterior.
Enclausurando-se no estreito cubículo do personalismo ferido, encontra inimigos em toda parte, especialmente onde estão as possibilidades de afeições nobres e dignificadoras.
Armando-se do conflito de inferioridade, alija-se do convívio saudável com as demais pessoas, para refugiar-se nos escombros da falta de autoestima, desferindo golpes sempre contra tudo e todos, sem favorecer-se com a oportunidade de pensar de maneira diferente, ensejando-se renovação e vida.
Em consequência, os Espíritos de comportamento idêntico são atraídos para essa área de vibrações doentias, passando a nutrir-se das ondas mentais que produzem vibriões em processos degenerados de ideoplastias enfermiças.
Por outro lado, tendo-se em vista que se trata de alguém com débitos perante as Leis Soberanas, os seus inimigos - aqueles que foram prejudicados no passado e não o perdoaram - mantêm a convivência hipnótica vingativa, que culmina em obsessão pertinaz.
À semelhança da planta parasita que se acolhe na árvore generosa e termina por destruí-la, roubando-lhe toda a seiva, o parasita espiritual também se aloja na aura do invigilante e passa a nutrir-se das suas energias, dominando-o por completo, a longo prazo.
Os processos de saúde, inobstante, têm início quando se operam os primeiros sentimentos e desejos de recuperação, ao tempo em que se acolhem os pensamentos saudáveis que se expressam em  conversações agradáveis e positivas.
Nesse sentido, a oração, que favorece a mudança das paisagens íntimas, proporcionando emoções de bem-estar, opera a reconquista do equilíbrio.
As leituras portadoras de mensagens enriquecedoras de paz e de sabedoria conseguem arquivar-se na memória, substituindo as fixações doentias e mesmo conseguindo anulá-las.
É indispensável, portanto, que se evitem as más palavras, as que corrompem, aquelas que se encontram saturadas de significados obscenos e representativos das misérias e sordidez humanas.
Melhorar a condição cultural, abandonando o uso dos conceitos vis, deve constituir o programa psicoterapêutico para a conservação da saúde e a sintonia com a vida abundante.
Que a palavra sempre esteja carregada de vibrações de amor e de paz, a fim de felicitar não somente aqueles a quem é dirigida, mas, sobretudo, àquele que a enuncia.
O Evangelho de Jesus, o incomparável tratado de bênçãos ao alcance de todos, é uma sinfonia de superior beleza, elaborada com palavras luminosas, convidando às conversações libertadoras.

Divaldo P. Franco/ Manoel P. de Miranda    Mediunidade: desafios e bênçãos

Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário ou dúvida. Terei prazer em respondê-lo.