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quarta-feira, 12 de março de 2014

Mediunidade - Médiuns inseguros

Olá,

A insegurança é característica da criatura humana, que ainda se encontra encarcerada em conflitos que remanescem de fracassadas experiências transatas.
Homens e mulheres inquietos deixam-se arrastar pelos receios provacionais a que fazem jus, reparando antigos dramas que não desapareceram dos painéis espirituais.
Ressurgem, amiúde, atormentando, mediante clichês infelizes que assaltam a consciência, estabelecendo a fixação de paisagens mórbidas nos recessos do ser, transformando-se em torpes estados patológicos que exigem terapia de curso demorado.

É natural que onde se encontrem exteriorizem os estados íntimos, dificultando-lhes a estabilidade emocional, o equilíbrio psíquico.
As suas atividades fazem-se acompanhar pelos conflitos existenciais, o que lhes constitui sofrimento constante.
Quando se dedicam ao exercício da mediunidade, especificamente, a insegurança torna-se-lhes um sinal permanente na conduta, mais impossibilitando o correto e produtivo exercício da faculdade.
Médiuns existem de todos os tipos imagináveis, em um elenco variado quão complexo, pelas características que assinalam cada espírito. Mesmo quando portadores de semelhante faculdade, os valores intelecto morais diferenciam-nos, qual ocorre na área das faculdades mentais, em que as diferenças estabelecem padrões de capacidade e patamares de assimilação específicos.
No vasto campo da mediunidade, os portadores da percepção psíquica gostariam de possuir tais e quais recursos, graças a cujas expressões poderiam com maior tranquilidade entregar-se ao ministério. Supõem que, nas faixas do sonambulismo, na mediunidade inconsciente, estariam menos sujeitos aos conflitos, à insegurança, em razão da não interferência da lucidez nas comunicações.
Trata-se de um equívoco que merece elucidação.
O fato de o fenômeno ocorrer sem a consciência do intermediário não impede a dúvida do mesmo ou de outras manifestações perturbadoras. Invariavelmente, porque não acompanham com lucidez o que ocorre por seu intermédio, muitos criam bloqueios inconscientes como resultado da insegurança, dando curso a medos tão injustificáveis quão absurdos.
Nas comunicações conscientes ou semiconscientes, os médiuns podem exercer controle sobre o fenômeno, contribuindo eficazmente para os esperados efeitos positivos.
Indispensável que a insegurança emocional seja trabalhada psicologicamente e o indivíduo adquira autoestima e autoconfiança. Quanto mais saúde emocional, mental e física possuir o medianeiro, melhor será para o resultado das suas atividades espirituais.
Sem dúvida, o primeiro método a ser utilizado na libertação da insegurança é o estudo da própria faculdade, logo depois, aprofundamento mental nas possibilidades psíquicas de captação do pensamento dos Espíritos, assim como das emoções e sensações por eles transmitidas.
Simultaneamente, a reflexão, a meditação, como disciplinas mentais, produzindo silêncio interior que possibilite uma equilibrada sintonia com o mundo para-físico, de onde procedem as entidades comunicantes, gerando o clima ideal para o intercâmbio. Nesse anular do ego através do
silêncio da mente, as comunicações dão-se sem quaisquer interferências do médium.
Igualmente, não se pode desconsiderar a oração, que produz harmonia e eleva a vibração do intermediário, propiciando-lhe a condição psíquica desejável para a sintonia com o agente espiritual.
O hábito salutar da conversação edificante atrai os Espíritos elevados, que passam a inspirá-lo, tornando-lhe claros o raciocínio, as ideias, com a possibilidade de mais fácil exteriorização.
A ação do bem, sob todas as formas, fará que o médium granjeie merecimento e a convivência saudável com as Entidades superiores interessadas no seu progresso.
A observância dessas condições, entre outras tantas igualmente relevantes, torna-se basilar para a superação da insegurança no exercício da mediunidade, abrindo espaços mentais para a autoconfiança, a auto-entrega, a dedicação eficiente e total ao ministério iluminativo.
Os bons médiuns seguros são, igualmente, indivíduos equilibrados, de conduta irreprochável, sempre em harmonia interior, desenvolvendo o seu programa de cidadão que, na conceituação do Evangelho, é um verdadeiro cristão.

Divaldo Pereira Franco/ Manoel P. de Miranda                 Mediunidade  desafios e bênçãos

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