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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Doutrina Espírita - Diante do amanhã

Olá,

Nós vivemos, nós pensamos, nós agimos — eis o que é positivo.
 E nós morremos — o que não é menos certo.
Mas ao deixar a Terra para onde vamos?
 No que nos transformamos?
 Estaremos melhor ou pior?
 Seremos ainda nós mesmos ou não mais o seremos?
Ser ou não ser — essa é a alternativa?
Ser para todo o sempre ou nunca mais ser?
 Tudo ou nada?
 Viveremos eternamente ou tudo estará acabado para sempre?
 Vale a pena pensarmos em tudo isso?

Toda criatura humana sente a necessidade de viver, de gozar, de amar, de ser feliz. Diga-se àquele que sabe que vai morrer que ele ainda viverá ou que a sua hora foi adiada. Diga-se sobretudo que ele será mais feliz do que já foi — e o seu coração palpitará de alegria. Mas de que serviriam essas aspirações de felicidade, se basta um sopro para dissipá-las?
Haverá alguma coisa mais desesperadora do que essa idéia de destruição absoluta?
Sagradas afeições, inteligência, progresso, saber laboriosamente adquirido, tudo seria destruído, tudo estaria perdido! Que necessidade teríamos de esforçar-nos para ser melhores, de nos constrangermos na repressão das paixões, de nos fatigarmos no aprimoramento do espírito, se de tudo isso não iremos colher nenhum fruto? E, sobretudo, diante da idéia de que amanhã, talvez, tudo isso não nos sirva para nada? Mas, se assim fosse, a sorte do homem seria cem vezes pior que a do bruto. Porque este vive inteiramente no presente, na plena satisfação de seus apetites materiais, nada aspirando para o futuro. Uma secreta intuição nos diz que isso é absurdo.

O Céu e o Inferno 1ª Parte, cap. I, item 1


Compreendemos, sim, todos os teus cuidados no mundo, assegurando a tua tranquilidade.
Organizas com esmero a casa em que vives.
Proteges as vantagens imediatas da parentela.
Preservas, apaixonadamente, a segurança dos filhos.
Atendes, com extremado carinho, ao teu grupo social.
Valorizas o que possuis.
Arranjas habilmente o leito calmo.
Selecionas, com fino gosto, os pratos do dia.
Defendes como podes a melhoria das tuas rendas.
Aspiras a conquistar salário mais amplo.
Garantes o teu direito, à frente dos tribunais.
Vasculhas avidamente o noticiário do que vai pelo mundo.
Sabes procurar, com pontualidade e respeito, os serviços do médico e os préstimos do dentista.
Marcas horário para o cabeleireiro.
Escolhes com devoção o filme que mais te agrada.
Examinas a moda, ainda mesmo com simplicidade e moderação, como quem obedece à força de um ritual.
Questionas sucessos políticos.
Discutes veemente, os serviços públicos.
Tentas, de maneira instintiva, influenciar opiniões e pessoas.
Desvelas-te em atrair a simpatia dos companheiros.
Observas, a cada instante, as condições do tempo, como se trouxesses, obrigatoriamente, um barômetro na cabeça.

Tudo, isso meu irmão da Terra, é compreensível, tudo isso é preocupação natural da existência.
No entanto, não conseguimos explicar o teu desvairado apego às ilusões de superfície, nem entendemos porque não dedicas alguns minutos de cada dia, de cada semana ou de cada mês, a refletir na transitoriedade dos recursos humanos, reconhecendo que nada levarás, materialmente, do plano físico, tanto quanto, afora os bens do espírito, nada trouxeste ao pousar nele.
Ainda assim, não te convidamos à idéia obcecante da morte, porquanto a morte é sempre a vida noutra face. Desejamos tão-somente destacar que, nessa ou naquela convicção, ninguém fugirá do porvir.
Disse o Cristo: “Andai enquanto tendes luz”.
Isso quer dizer que é preciso aproveitar a luz do mundo, para fazer luz em nós.

Emmanuel/Francisco C. Xavier                                        Justiça Divina

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