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segunda-feira, 23 de junho de 2014

Doutrina Espírita - A PAZ DO ÚLTIMO DIA


Olá,

Já pensastes na paz do último dia na Terra?

Há, na alma prestes a regressar à sua eterna pátria, um modo de sensações desconhecidas.
Nesses olhos nublados de pranto, num corpo lavado pelo copioso suor da agonia, gangrenado e semi-apodrecido, onde os órgãos rebeldes, em conflito, são centros das mais violentas e rudes dores, existe todo um amontoado de mistérios indecifráveis para aqueles que ficam.

Nesses rápidos minutos, um turbilhão de pensamentos represa-se nesse cérebro esgotado pelos sofrimentos...
O Espírito, no limiar do túmulo, sente angústia e receio; e, nos estertores de sua impotência, vê numa continuidade assombrosa de imagens movimentadas, toda inutilidade das ilusões da vida material. Todas as suas vaidades e enganos tombam furiosamente, como se um ciclone impiedoso os arrancasse do seu íntimo, e os que somente para esses enganos viveram sentem-se, na profundeza de suas consciências, como se atravessassem um deserto árido e extenso; todos os erros do passado gritam nos seus corações, todos os deslizes se lhes apresentam, e nessa quietude aparente de uns lábios que se cerram no doloroso ricto da morte, existem brados de blasfêmia e desesperação, que não escutais, em vosso próprio benefício.

OS QUE SE DEDICAM AS COISAS ESPIRITUAIS

Nunca nos cansaremos de repetir que a existência no orbe terreno constitui, para as almas mais ou menos evolvidas, um estágio de aprendizado ou degredo; junto desses seres sensíveis, vivem os espíritos retardados no seu adiantamento e aqueles que se encontram no inicio da evolução.
Para todos, porém, a luta é a lei purificadora.
Os que vivem com mais dedicação às coisas do Espírito, esses encontram maiores elementos de paz e felicidade no futuro; para eles, que sofreram mais em razão do seu afastamento da vida mundana, a morte é um remanso de tranquilidade e de esperança.
Encontrarão a paz ambicionada nos seus dias de lágrimas torturantes, e sociedades esclarecidas os esperam em seu seio, para celebrarem dignamente os seus atos de heroísmo na tarefa árdua de resistência às inúmeras seduções que a existência planetária oferece.

AS ALMAS TORTURADAS

Quão triste, toda via, é a situação dos que no mundo se apegaram, demasiadamente, às alegrias mentirosas e aos prazeres fictícios. Muitos anos de dor os aguardam, nas regiões espirituais, onde contemplam incessantemente os quadros do seu pretérito, em desoladoras visões retrospectivas, na posse imaginária das coisas que os obsidiam.
Amantes do ouro, ali ouvem, continuamente, o tilintar de suas supostas moedas; ingratos, escutam os que foram enganados pelas suas traições; cenas penosas se verificam e muitas almas piedosas se entregam ao mister de guias e condutores espirituais desses Espíritos enceguecidos na ilusão e nos tormentos. Só ao amor dessas almas carinhosas permite que as esperanças não desfaleçam, cultivando-as incessantemente no coração abatido e desolado dos sofredores, a fim de que renasçam para os resgates necessários.

A OUTRA VIDA

A vida no além é também atividade, trabalho, luta, movimento. Se as almas estão menos submetidas ao cansaço, não combatem menos seu aperfeiçoamento.
A lei  das afinidades a tudo preside, entre os seres despidos dos indumentos carnais, e, liberto o Espírito dos laços que o agrilhoavam à matéria, recebe o apelo de quantos se afinam pelas suas preferências e inclinações.

ESPÍRITOS FELIZES

Bem-aventurados todos aqueles que, ao palmilharem seus derradeiros caminhos, encontram a alvorada da paz, luminosa e promissora; nos celeiros da luz, recolhem o pão da verdade e da sabedoria, porque bem souberam cumprir suas obrigações morais.
À sombra das árvores magnânimas que planaram com seus atos de caridade, de fé e de esperança, repousam a cabeça dilacerada nos amargores da Terra; divinas inspirações descem das Alturas sobre suas mentes, que iluminam como tabernáculos sagrados e, interpretando fielmente as disposições da vontade diretora do Universo, transformam-se em mensageiros do Altíssimo.

Emmanuel/Francisco C. Xavier                               Emmanuel

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