Digite aqui o assunto do seu interesse:

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Bem viver - SER E PESSOA

Olá,

A pessoa, observada do ponto de vista imortal, é preexistente ao corpo, e sua origem perde-se nos milênios passados do processo evolutivo, desenvolvendo-se fiel a uma fatalidade que se manifesta em cada experiência corporal — reencarnação — como aquisição
de novos implementos, faculdades e funções que tangenciam ao crescimento e à felicidade. A pessoa sintetiza, quando corporificada, as dimensões várias que lhe cumpre preservar e aprimorar, facultando o desabrochar de recursos que lhe fazem embrionários e são essenciais ao seu existir.

A consciência adquirida — a perfeita identificação do conhecimento e do fazer, do saber e do amar — faculta a ampliação das próprias possibilidades para penetrar em dimensões metafísicas, onde outras realidades são bases do ser pessoal.

O comportamento impõe necessidades e as expressa simultaneamente, definindo a pessoa. Somente o autoconhecimento favorece o comportamento com as possibilidades de desenvolvimento pessoal, estruturador profundo do ser imortal.


A personalidade é transitória e assinala etapas reencarnacionistas, definidoras de experiências nos sexos, na cultura, na inteligência, na arte e no relacionamento interpessoal. Cada pessoa reencarna com as características herdadas das experiências anteriores e submete-se aos condicionamentos de cada fase, por ela transitando com os seus sinais tipificadores.
Assimilar todos os condicionamentos e exteriorizar uma personalidade consentânea com o ser real, eis o desafio da terapia transpessoal, trabalhando a pessoa para que assuma a sua realidade positiva e superior, crescendo em conteúdos mentais e desencarcerando-se, até permitir-se a perfeita harmonia entre ser e parecer.

De duas formas a pessoa se identifica com os valores do progresso: externa e internamente.
A identificação externa impõe as lutas e os conflitos da assimilação dos comportamentos sociais, nos quais o apego assume a condição mais importante, a primeira e última da existência.
O apego externo, no entanto, é menos danoso do que o interior, responsável pelos vícios e paixões degenerativos, que conduzem a patologias dolorosas, cruéis.
 A identificação assinala o estágio de evolução de cada pessoa, fadada à elevação, que, para conseguir, deve liberar-se daqueles valores, desidentificando-se de hábitos milenários, fixados, alguns, atavicamente, aos painéis do ser, gerando falsas necessidades, que se tornam fundamentais, portanto responsáveis pelo sofrimento nas suas várias facetas.
 A psicologia oriental estabelece na ilusão, na impermanência da vida física, com as quais a pessoa se identifica, algumas preponderantes razões para o sofrimento. A desidentificação induz à conquista de patamares elevados, metafísicos, nos quais o ser se auto-encontra e se realiza.


Somatório de todas as experiências, a individualidade é o ser pleno e potente, que alcançou a auto-realização. Imperecível, a individualidade é o Espírito em si mesmo, que reúne as demais dimensões e sabe conscientemente o que fazer, quando fazê-lo e como realizá-lo, para ser a pessoa integral, ideal. Enquanto a filosofia informava que a pessoa não é o indivíduo, na visão da psicologia profunda, este, que superou os condicionamentos e comportamentos pessoais de consciência livre, é o ser total, pessoa transitória, individualidade eterna.

Joanna de Ângellis/Divaldo P. Franco " O Ser consciente "

Deixe seu comentário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário ou dúvida. Terei prazer em respondê-lo.