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terça-feira, 19 de maio de 2015

Meditar - PRESENÇA

Olá,

E Ele veio!
Multissecularmente aguardado como a esperan­ça de Israel, ei-Lo que surge no período em que a História repete as glórias de Péricles e o pensamen­to cultiva as belezas, conquanto a barbaria
coman­dasse homens e governos, estabelecendo um marco novo para a contagem das Idades em relação ao porvir.

Não que os tempos fossem diferentes.
Herodes, na sua jactância, não passava de subalterno áulico de César, guindado à posição de relevo graças à im­piedade de que se fazia instrumento. A política de dominação, em toda parte, estabelecia a exploração do homem pelo homem e a opressão da força em detrimento do direito.
A sociedade desvairava e o valor do homem eram as suas posses transitórias. As ambições se avolumavam traçando as diretrizes do poder e estiolavam as mais nobres florações do sen­timento...
As artes e a cultura, porém, desabrochavam nes­ses dias, ensejando maiores ideais na capital do Império que exportava conceitos de paz e beleza não obstante o clangor da guerra e o aríete das
arbi­trariedades...
... E Ele veio!
A Sua presença assinalou de paz o período da nova Era. Não a paz externa, lavrada em audaciosos conciliábulos e sustentada pela usurpação do crime: Era uma aragem de ventura que penetrava os Espíritos e os pacificava interiormente, predispondo-os ao amor.
Seu verbo manso e ameno, marchetado da se­veridade que dimana do conhecimento da Vida e da Verdade, modificou a estrutura do pensamento filosófico e social, desde então traçando nova pauta para as criaturas do porvir.
Perseguições e calúnias — miasmas dos peque­nos homens de todos os tempos — não Lhe
 dimi­nuiram a grandeza do ensino nem a elevação do serviço. E mesmo crucificado não foi vencido...
Submisso pela humildade excelsa nunca apare­ceu alquebrado, curvado ante os contemporâneos.
Erecto esteve na Cruz, donde partiu para a Pátria Verdadeira, concitando-nos a segui-Lo.

Ainda hoje Jesus é a esperança que se tornou realidade.
Israel desejava um Rei arbitrário e vingador.
A Humanidade tentou fazê-Lo dominador e cruel através dos séculos.
Israel aguardava e ainda espera um Enviado implacável no seu ódio de raça e de ambição.
A Humanidade procurou torná-Lo senhor de to­dos, esmagando os insubmissos e rebeldes...
Hoje também ainda é assim.
Jesus, porém, nestes dias de inquietação e de­sassossego, é a esperança que domina os espíritos e a paz que penetra os corações.
O homem subjuga o homem, os governos se entrechocam no domínio das armas, a fome amea­ça e dizima milhões de vidas cada ano, as enfermidades espalham pavores, a escassez de amor
 en­louquece, no entanto, neste clima sócio-moral da atua­lidade, Jesus retorna e convida a outras cogitações.
Canta um novo e permanente Natal no burgo das almas da Terra que O esperam.
Estado interior, Jesus é comunhão de alma pa­ra alma a emboscar-se nos homens confiantes.
O Cristo amansa as paixões e suaviza as in­quietações da vida, fixando naqueles que O conhecem os caracteres iniludíveis da Sua presença.

Sentindo a mensagem d'Ele no espírito que agora se volta para as coisas elevadas da vida — após o cansaço e o desgosto das investidas infrutí­feras na vivência da ilusão — não te permitas con­taminar pelos fluídos maléficos destes dias turbu­lentos. Movimenta os braços e atua na ação eno­brecedora a benefício dos que sofrem.
E, se ao te reclinares ao leito estiveres assina­lado por alguma dor ou desencantado por qualquer afronta, mergulha o pensamento na mensagem d'Ele e busca escutá-lo no coração.
Fazendo o necessário silêncio interior, ouvirás a Sua voz em acalanto de ternura e alento, encorajando-te para prosseguir, constatando que em verdade Ele veio e demora-se ao teu lado, esperando, hoje como on­tem, que o mundo moral da Terra modifique o seu clima e haja paz perene entre todos os homens, através dos teus sacrifícios desde agora.

*

Segui-me, e eu farei que vos torneis pescadores de homens”.
Marcos: capítulo 1º, versículo 17.

*

“Mas o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-Lhe dar cumprimento às profecias que Lhe anunciaram o advento; a autoridade Lhe vinha da natureza excepcional do Seu Espí­rito e da Sua missão divina”.
O E.S.E. Capítulo 1º — Item 4.

Joanna de Ângellis/Divaldo P. Franco                             "Florações Evangélicas "

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