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sábado, 22 de agosto de 2015

Pentateuco Espírita - Diante das tentações

Olá,

Qual a mais meritória de todas as virtudes?
“Toda virtude tem seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem. há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto. A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade.”
O L.E. Questão nº 893

Tentado à permanência nas trevas, embora de pés sangrando, dirige-te para a luz.
Enquanto não atravesse o suor e o cansaço da plantação, lavrador algum amealha a colheita.
Até que atinjamos, um dia, o clima do reino angélico, seremos almas humanas, peregrinos da evolução nas trilhas da eternidade.
Aqui e ali, ouviremos cânticos de exaltação à virtude e, louvando-a, falaremos por nossa vez, acentuando-lhe os elogios.
Entretanto, manda a sinceridade nos vejamos por dentro, e por dentro de nós ruge o passado, gritando injúrias contra as nossas mais belas aspirações.
Toma, porém, o facho que o Cristo te coloca nas mãos e clareia a intimidade da consciência, parlamentando contigo mesmo.
Hora a hora, esclareçamos a nós próprios, tanto quanto nos lançamos no ensino aos outros.
Reparando os caídos em plena viciação, inventaria as próprias fraquezas e perceberás que, provavelmente, respirarias agora numa enxerga de lodo, não fosse a migalha do conhecimento que te enriquece.
Diante dos que se desvairam na crítica, observa a facilidade com que te entregas aos julgamentos irrefletidos e pondera que serias igualmente compelido ao braseiro da crueldade, não fosse algum ligeiro dístico da prudência que consegues mentalizar.
À frente daqueles que se envileceram na carruagem do ouro ou da influência política, recorda quantas vezes a vaidade te procura, por dia, nos recessos do coração e reconhecerás que também forçarias as portas da fortuna e do poder, caso não fosse o leve fio de responsabilidade que te frena os impulsos.
Analisando os que sofrem na tela da obsessão, pensa nos reiterados enganos a que te arrojas e compreenderás que ainda hoje chorarias nas angústias do manicômio, não fosse a pequenina faixa de serviço no bem a que te afeiçoas.
Perante os companheiros atolados no crime, anota a agressividade que ainda trazes contigo e concluirás que talvez estivesses na penitenciária, amargando aflitiva sentença, não fosse o raiúnculo de oração que acendes na própria alma.
E as lutas que te marcam a rota assinalam também o campo de serviço em que ainda estagias junto aos desencarnados da nossa esfera de ação.
Situemo-nos no lugar dos que erram e nosso raciocínio descansará no abrigo do entendimento.
Nenhum lidador vinculado à Terra se encontra integralmente livre das tendências inferiores.
Todos nós, ante a sublimidade do Cristo, somos almas em libertação gradativa, buscando a vitória sobre nós mesmos.
E se a estrada para semelhante triunfo se chama “caridade constante para com os outros”, o primeiro passo de cada dia chama-se “compaixão”.
Emmanuel/Francisco C. Xavier                " Religião dos Espíritos "

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