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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Mediunidade - NO INTERCÂMBIO

Olá,

No trato com os nossos irmãos desequilibrados, é preciso afinar a nossa boa-vontade à
condição em que se encontram, para falar-lhes com o proveito devido.
Quantos no mundo se julgam triunfantes na viciação ou no crime, quando não passam de

viajores em declive para a queda espetacular! E quantos companheiros, aparentemente vencidos, são
candidatos à verdadeira vitória!...
Mesmo entre vocês, não é difícil observar mendigos esfarrapados que, por dentro, se
acreditam fidalgos, e pessoas bem-nascidas, conservando a humildade real no coração, entre o amor
ao próximo e a submissão a Deus!...
Aqui, na esfera em que a experiência terrestre continua a si mesma, os problemas dessa
ordem apenas se alongam.
Temos milhares de irmãos escravizados à recordação do que foram no passado, mas,
ignorando a transição da morte, vivem por muito tempo estagnados em tremenda ilusão!...
Sentem-se donos de recursos que perderam de há muito e tiranos de afeições que já se
distanciaram irremediavelmente do trecho de caminho em que paralisaram a própria visão.
Nos campos e cidades terrestres, a cada passo topamos antigos dominadores do solo, os quais
a morte não conseguiu afastar de suas fazendas; magnatas de indústria que o túmulo não separou
dos negócios materiais, e homens e mulheres em massa que, sem a veste do corpo, continuam
agrilhoados aos prazeres e aos hábitos em que fisgaram a própria alma...
Convidados à revisão do estado consciencial em que se alojam, irritam-se e defendem-se,
como ouriços contentes no espinheiro em que moram, quando não se ocultam, matreiros, no
egoísmo em que se deleitam, ao modo de velhas tartarugas a se esconderem na carapaça, ao
primeiro toque estranho às sensações com que se acomodam.
Se insistimos no socorro espiritual de que necessitam, vomitam impropérios e cospem
blasfêmias...
Mas, com isso, não deixam de ser doentes e loucos, agindo contra si mesmos e solicitando-nos
amparo.
Sentem-se vivos, tão vivos, como na época em que se embebedaram de mentira, fascinação e
poder.
O tempo e a vida correm para diante, por fora deles, por dentro, imobilizaram a própria alma
na fixação mental de imagens e interesses, que não mais existem senão no mundo estreito desses
infelizes irmãos.
Querem apreço, consideração, apoio, carinho... Não pedimos a vocês estimular-lhes a fantasia,
contudo, lembramos a necessidade de nossa tolerância, para que lhes possamos contornar, com
êxito, as complicações e labirintos, doando-lhes, ao mesmo tempo, idéias novas com que
empreendam a própria recuperação.
Figuremo-los como prisioneiros, cuja miséria não nos deve sugerir escárnio ou indiferença,
mas sim auxílio deliberado e constante para que se ajudem.
Cultivemos, assim, a conversação com os desencarnados sofredores, sem curiosidade maligna,
ouvindo-os com serenidade e paciência.
Não nos esqueçamos de que somente a simpatia fraternal pode garantir a obra divina do
amor.
José Xavier/Francisco C. Xavier " Instruções Psicofônicas "

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