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domingo, 28 de fevereiro de 2016

Mediunidade - FORMAS IDEOPLÁSTICAS

Olá,

Na sutil tecelagem energética que se condensa e constitui
o mundo visível, ondas, vibrações, campos mentais e estruturas psíquicas interpenetram-se, tomando formas, alterando contornos, surgindo e desaparecendo ininterruptamente.
O ser humano é, essencialmente, aquilo que cultiva na área mental, movimentando-se na faixa do pensamento que lhe caracteriza o clima existencial.
Exteriorizando ondas mentais contínuas, sincroniza com outras de teor vibratório equivalente, que passam a corporificar-se em organização delicada, sendo reabsorvidas e eliminadas conforme a intensidade da ideação.

Saúde e doença, equilíbrio, desarmonia emocional e mental são resultados inevitáveis da exteriorização de cada ser.
Nesse oceano de vibrações em que todos se encontram mergulhados, os indivíduos conduzem-se nas faixas de identificação própria, sintonizando com os semelhantes e deles haurindo idênticas exteriorizações.
Quanto mais se fixam os pensamentos nas preferências habituais, passam a condensar com os elementos da Natureza formas que se materializam e os acompanham, fornecendo-lhes alimento saudável ou tóxico, de acordo com o teor das energias que as constituem.
Além das sincronizações com outras mentes - encarnadas e desvestidas da matéria - que produzem obsessões, quando viciosas ou de baixo teor emocional, elaboram estranhas e perigosas formações que empestam a psicosfera dos pacientes afervorados às distonias de comportamento íntimo.
Plasma-se no universo tudo aquilo que vibra.
As preces e os sentimentos enobrecidos fomentam delicadas construções espirituais que emanam conteúdos de harmonia, bem-estar e elevação psíquica.
As recriminações, os vícios, as aspirações perturbadoras produzem aglutinações de partículas que se transformam em vibriões agressivos e vorazes, que se nutrem do continuum mental, encarcerando o seu agente, que se lhe torna paciente aprisionado nas malhas das próprias elucubrações doentias.
Larvas, formas pensamento agressivas, vírus desconhecidos fixam-se no campo áurico e passam a invadir o corpo perispiritual, perturbando-lhe a harmonia, que se manifestará como distúrbios mentais e orgânicos de difícil diagnose e mais desafiadora terapia.
Tornam-se expressões de vida pelo automatismo que decorre do prazer de sustentar as ideias perniciosas que se fazem vitais no psiquismo do indivíduo.
Lentamente, essas vidas ínfimas agridem os seus vitalizadores, que se desorganizam, experimentando males estranhos e degenerativos.
Em razão da sua psicogênese moral, o paciente é um auto agressor, responsável pelo distúrbio em que estertora.
Toda organização material é um somatório de partículas que, em última análise, procedem da energia primária da criação.
De igual maneira nascem os campos mentais que se encontram mantidos pelas lembranças conscientes ou não das experiências físicas passadas, ressumando como necessidades de continuação, de revivescência, dificultando novos raciocínios e diferentes reflexões daquelas que lhes são habituais.
Perseguidos por essas ideações plásticas, ao ocorrer a desencarnação desses pacientes morais, os mesmos continuarão sob a indução malévola das vis construções que mobilizaram e sustentaram...
No sentido oposto, as ideoplastias felizes que compõem as formas pensamento superiores propiciam o êxtase, emulam ao avanço, fortalecem o ânimo para o ininterrupto crescimento íntimo e o autotransformar-se, esteja o espírito no corpo físico ou liberado da sua injunção...
Não foi por outra razão que Jesus acentuou: "O reino dos Céus está dentro de vós" — e certamente o Hades também, desde que felicidade e desdita são opções elegidas por cada indivíduo.
Aprofundando a análise na psicogênese de inumeráveis obsessões especiais, defronta-se com aquelas que são produzidas pelo próprio enfermo, como efeito dos pensamentos cultivados, atraindo, a seguir, comparsas outros desencarnados que passam a manter o conúbio de nutrição vampirizadora e pertinaz.
O investimento terapêutico deverá ter, prioritariamente, o esforço para despertar o enfermo, a fim de que mude de conduta mental, libertando-se das viciações em que se compraz, a fim de renovar o pensamento, sincronizando o idealismo elevado nas faixas superiores da vida.
Concomitantemente, a bioenergética desempenha papel fundamental nesse processo, por diluir as construções perniciosas em torno da psicosfera de que se nutre, ao tempo em que, retemperando as ondas pensamento, faculte-se aspirar e nutrir-se de cargas vibratórias saudáveis.
Lentamente dar-se-á o reequilíbrio, para cujo mister a contribuição pessoal faz-se essencial.
Nas auto-obsessões, a constituição vibratória do pensamento desempenha relevante significado.
De equivalente modo, somente através da alteração da emissão de ondas mentais é que se lhe operará a recuperação.
Formas pensamento campeiam, desse modo, em todas as direções, movimentando-se e sintonizando com aqueles que possuem o mesmo teor vibratório e são diluídas por outras de poder anulador da carga negativa que conduzem.
Pensar é a arte de emitir ondas. Conforme o conteúdo mental, como efeito do comportamento moral, ou vice-versa, adquirem formas que se plasmam nas delicadas vibrações pulsantes do universo.
Sejam, portanto, quais forem as circunstâncias da existência, cabe ao viajante carnal manter o pensamento em alto nível de reflexões, cultivando as ideias otimistas e iluminativas, de modo a criar campos saudáveis dos quais se exteriorizarão as construções equilibradas da emoção e do
organismo físico.
Toda vez quando as injunções tentarem imprimir na mente as ideias perversas, os transtornos de conduta, as fixações negativas em torno das ocorrências infelizes, os ressentimentos que se constituem presenças morbíficas no Espírito, é dever de todo indivíduo lúcido, especialmente
daquele que se vinculou aos postulados espíritas, esclarecer-se a respeito dos deveres para com a vida, substituí-los pelas formulações agradáveis e harmoniosas da paz, cultivando a esperança e vivenciando o amor, sem deixar-se afetar pelo desespero ou pela mágoa.
Mesmo quando venha a tombar nos fatores inquietantes, de imediato, cabe-lhe refazer o campo mental, diluindo as impressões de desânimo e de dor nas dúlcidas vibrações da prece e do sentimento de compaixão por aqueles que se lhe transformaram em perseguidores, gratuitos ou não,
mantendo-se em harmonia íntima.
Ninguém transita na Terra sem as experiências do sofrimento, que deflui das incompreensões de companheiros, de afetos ou de adversários, que todos os têm.
Cabe, porém, a cada qual, a eleição do campo mental em que deseja situar-se, passando a nutrir-se do sol da alegria ou vestir-se das sombras dos sentimentos doentios que tentam encontrar apoio na acústica da alma.

Manuel P. de Miranda/Divaldo P. Franco            " Mediunidade :desafios e bênçãos "

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