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sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Nova Era - Porque malsinar o mundo ?

Olá,

"De tal sorte amou Deus o mundo que lhe deu seu Filho unigênito, para que todo que nele crê, não pereça, mas tenha vida eterna." (Evangelho.)

É costume vituperar-se o mundo, cobri-lo de vilepêndios e doestos, atribuindo-lhe a origem de todos os males que nos afetam. Tal vezo, aliás comuníssimo mesmo entre os adeptos do Espiritismo, deve ser abolido.
O mundo não é responsável pelas nossas vicissitudes.
O mal não vem dele, nem da vida terrena.
A lágrima que nos sulca o rosto; os vincos que nos assinalam as faces; a

mágoa que nos confrange; a dor, em suma, sob seus aspectos multiformes, são o efeito duma causa que está em nós mesmos, e não no planeta que habitamos.
 É do nosso interior que vêm os maus pensamentos, o adultério, a cobiça, a avareza, a impudicicia, o
ódio, o egoísmo. Tal a causa verdadeira dos sofrimentos e flagelos que assediam a
Humanidade.
A Terra não é presídio, não é cárcere, não é degredo, não é vale de lágrimas.
A Terra, disse o Mestre em admiráveis parábolas, é uma granja, uma quinta ou vinha para
onde o Senhor envia trabalhadores.
A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. Como o
lavrador mete a relha no solo duro e árido, transformando-o em seara fecunda, assim
cumpre a cada um de nós exercitar os poderes latentes da alma na conquista do saber e
da virtude, rumando para alcandorados destinos.
Não há castigo, não há punição, não há penalidade a cumprir.
Há problemas a resolver, há obstáculos a remover, há contingências e conjunturas mais ou menos
penosas a conjurar. Tudo isto, porém, como consequência do estado particular em que se
encontram nossos espíritos, cujas energias são assim despertadas.
 A indefectível justiça divina não admite vítimas. A cada um é dado segundo as suas obras.
E não se objete que tanto importa considerar a origem do mal como sendo do
homem ou sendo do mundo, uma vez que o mal impera neste meio onde nos achamos.
Importa muito. De premissas falsas, falsas conclusões.
 Se o mal fosse do mundo, não teríamos que pensar noutra coisa senão em sair do mundo. Mas, se o mal está em nós mesmos, cumpre tratarmos de nossa conservação.
Nada vale ao pestoso mudar de habitação: levará a peste consigo. Ele precisa tratar-se, curar-se da enfermidade que o flagela.
Deixemos, pois, de malsinar o mundo, que é obra de Deus, e que faz jus a seu
amor. Para este mundo, tão injustamente infamado, Deus mandou seu Filho unigênito,
não para o condenar, mas para o redimir.
Tratemos, portanto, de reformar o mundo, reformando-nos a nós próprios. É e será
aqui, por tempo indefinido, o nosso teatro de ação. Não nos iludamos esperando a
mansão dos justos, quando ainda estamos cheios de iniquidades; esperando a região dos
puros, quando ainda estamos cheios de impureza; esperando os tabernáculos eternos,
quando ainda não vencemos a carne.
Nascer, morrer, renascer ainda, progredindo sempre: tal é a lei. Melhorar o mundo,
melhorando a nós mesmos: tal é a vontade do Senhor.

Vinícius                                " Nas pegadas do Mestre "

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