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segunda-feira, 25 de abril de 2016

Nova Era - Valor imperecível

Olá,

"De que serve ao homem ganhar o mundo inteiro, e perder-se a si mesmo?" (Evangelho.)

O homem vale mais que o mundo com as suas jazidas; os seus diamantes, e toda a sorte de pedras preciosas.
 Não obstante, o homem, esquecido de seu valor intrínseco,
cujo preço é inestimável, consome-se e esgota-se na conquista do que é perecível, daquilo cujo valor é muito discutível, visto como só vale mediante certa convenção estabelecida pelos caprichos e veleidades do mesmo homem.

Assim, pois, ele dá subido valor ao que, de fato, tem valor muito relativo, ou quiçá
não tem nenhum, olvidando o valor de si próprio, valor positivo e incalculável .
De tal vesânia resulta que o homem trata com grande zelo aqueles valores,
menosprezando o tesouro inexaurível que em si mesmo encerra, que ele, o homem, em
realidade, é.
 Ao dinheiro, à prata, ao ouro e a outros bens, tidos como preciosos, ele sacrifica o único bem real e inconfundível, que é o homem mesmo.
É por isso que se julga, no mundo, como perdida, a existência que transcorre na humildade dum lar ignorado, na reclusão dum hospital, nas dobras duma enxerga.
Em tais condições, o homem se vê impossibilitado de buscar aquilo que se supõe valioso. No
entanto, é possível, é mesmo quase certo, que tais existências sejam preciosíssimas
àqueles que as suportam; e, falando em tese, mais fecundas e brilhantes que as
admiradas pelo século.
O mundo admira o fausto, o luxo, a notoriedade, o exterior — numa palavra. Mas o verdadeiro valor está no interior do homem: está no seu caráter, nos seus sentimentos, na sua inteligência.
 Não é a forma que encerra o valor a que nos estamos referindo: é o espírito, é a alma, o eu imortal, sede das faculdades e poderes cuja origem é divina.
Educar, isto é, desenvolver tais predicados, é realizar o objeto supremo da vida.
Aquele que mais e melhor o desenvolve, mais aumenta o seu valor intrínseco. E é tão
importante, tão santa e tão sagrada a conquista desse ideal, que Deus, em sua soberana
justiça, mantém assegurada e intangível, em todos os homens, a possibilidade de
realizá-la.
O paralitico, o cego, o leproso, o enfermo, enfim, de qualquer natureza, não está
inibido de visar, com êxito, ao alvo grandioso da vida.
 Encerrem o homem num calabouço, escuro, infecto e úmido: aí mesmo ele conservará intacta a oportunidade de aprimorar seus sentimentos, de galgar novos degraus na escala intérmina da
perfectibilidade moral e intelectual.
 Algemai-o, acorrentai-o, cravai-o numa cruz, como aquele ladrão justiçado à direita de Jesus-Cristo; e vereis que o homem, mesmo crucificado, apelando para suas energias íntimas, logrará elevar-se, das misérias da Terra às grandezas do Céu.

Vinícius          " Nas pegadas do Mestre "

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