Digite aqui o assunto do seu interesse:

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Mediunidade - FUNCIONAMENTO

Olá,

Quais os critérios recomendados pelos Mentores Espirituais para permitir a frequência de pessoas à prática mediúnica?

Na argumentação racionalista de Allan Kardec — "antes de tentardes fazer alguém espírita fazei-o espiritualista" — está o bom senso doutrinário, pois reunião mediúnica não é local apropriado para se incutir fé em quem não a possui. Esta lógica do Codificador foi chamada de bronze, desde que uma pessoa não pode acreditar que os Espíritos se comuniquem se não acreditar na sua existência.

Nesse mesmo capítulo ele faz uma análise a respeito das teorias que negam a realidade do Mundo Espiritual. Partindo do nada, examina as várias correntes religiosas e filosóficas para poder, através de deduções, chegar à certeza filosófica da existência dos Espíritos. Posteriormente, nos capítulos sucessivos de O LIVRO DOS MÉDIUNS, faz uma análise dos vários tipos de mediunidade com as suas características.
Assim, para que uma pessoa possa conscientemente participar da prática mediúnica é necessário, em primeiro lugar, conhecer os postulados espíritas, inclusive a mediunidade. É muito comum pessoas envernizadas de falsa cultura dizerem: — "eu não creio". Deixam a impressão de que o fato delas afirmarem que não creem, dá-lhes autoridade para negar a realidade. Embora alguém assevere a sua descrença, não invalida a existência real do que nega, em nenhum ângulo. Por isso é necessário que a pessoa tenha percorrido antes o caminho da cultura espírita, em torno do assunto, para chegar a uma conclusão positiva ou negativa.
O Espiritismo é, sobretudo, uma doutrina de bom senso. A mediunidade funciona como porta de informação. Logo, é necessário saber-se o que ela é e como ocorre o transe mediúnico para se inteirar do que se passa durante a sua prática. Não raro, quando uma pessoa presencia outra em transe e acontece algum paroxismo ou estertor, imediatamente o observador, que não conhece o Espiritismo, taxa o fenômeno de histeria, na maioria das vezes desconhecendo o significado dessa palavra. Quando as características do fenômeno apresentam uma pessoa falando em transe, é comum que digam: — é dela mesma — afirmativa feita sem nenhum critério de avaliação, indicando o despreparo deste tipo de personalidade.
Para se evitar o enxovalhamento do fenômeno mediúnico é imprescindível selecionar-se os componentes do grupamento de trabalho para o intercâmbio com os desencarnados. Portanto, a mediunidade tem de ser examinada para que a pessoa saiba o funcionamento dos seus mecanismos e, assim, adquira o senso de avaliação. Na convivência grupal passa a conhecer de perto os demais participantes da prática mediúnica.
Este é o seguro critério doutrinário.

Qual o tempo de duração de uma prática mediúnica?

Um tempo ideal para a prática mediúnica é de noventa minutos, incluindo-se a preparação com as leituras doutrinárias que, por princípio de disciplina, não devem ser alongadas.

 As comunicações são programadas de antemão pelos Instrutores espirituais?

Sempre, mesmo quando alguns Espíritos dizem que não. Interessante ressaltar que as barreiras magnéticas existentes impedem a entrada no recinto da reunião de Entidades não programadas, isto no caso de uma prática mediúnica séria, com assistência disciplinada.
Quando essas Entidades acham que romperam a proteção magnética é porque, na verdade, foi facilitado o seu ingresso no local do intercâmbio espiritual.
Vamos admitir que uma pessoa seja invigilante e atraia o seu desafeto: a entrada deste é vetada, embora o indivíduo possa estabelecer uma vinculação com esse Espírito odiento, de ordem puramente psíquica e à distância. O médium atormentado poderá ensejá-la por meio de telementalização, o que dá margem a alguém, inadvertidamente, achar que as defesas magnéticas da reunião foram insuficientes para impedir tal ocorrência.

 As manifestações de Mentores ocorrem durante a prática mediúnica com fins desobsessivos?

Na parte final. Depois que se dão as comunicações para o tratamento aos sofredores há, sempre, um espaço reservado para mensagens reconfortantes de Entidades luminosas. O médium torna-se receptivo e aguarda. Não acontecendo nenhuma comunicação deste porte o dirigente encarnado dos trabalhos de intercâmbio espiritual encerra a reunião.
Pode ocorrer, também, durante este espaço final, por interferência dos Mentores, comunicações de Espíritos muito perversos ou de inimigo pessoal de qualquer dos componentes do grupo, ocasiões em que é possível se comunique, paralelamente, um Instrutor para orientar o dirigente encarnado no sentido de que ele conclame todo o grupo a uma postura mental compatível com as necessidades do momento, enquanto os doutrinadores são avisados do tipo de tratamento que deve ser dispensado ao Espírito comunicante.
Todavia, o mais comum, no final, é um médium ser instrumento de um Mentor espiritual que venha dar uma mensagem de alevantamento moral.

 Quantos Espíritos devem manifestar-se por um mesmo médium em cada reunião e qual deve ser o tempo de duração da incorporação?

Tratando-se de um grupo com muitos médiuns atuantes, duas comunicações são suficientes para cada sensitivo; excepcionalmente, três. Deve-se evitar um número maior de passividades por causa do desgaste físico e psíquico do médium.
O tempo ideal de uma incorporação fica entre cinco e dez minutos, no caso de Espíritos sofredores.
Quanto aos Mentores Espirituais, não há uma estipulação de tempo porque eles revigoram o medianeiro enquanto se comunicam.
A depender do número de doutrinadores, quando houver várias comunicações simultâneas, é conveniente os demais médiuns controlarem-se até que haja um momento favorável. Observa-se, quanto a isto, um fato curioso que se dá muito na vida social: estamos numa reunião, as pessoas estão caladas, constrangidas; repentinamente alguém fala, outro se anima e daí a pouco todos estão falando ao mesmo tempo, porque se quebrou a inibição. Na prática mediúnica também se dá o mesmo: no início dos trabalhos acontece aquele silêncio, até que um mais corajoso resolve começar as passividades; os outros se estimulam e a partir daí acontecem várias comunicações simultaneamente.
Dão-se, nesta ocasião, dois efeitos: o psicológico, de inibição, que foi quebrado, e o de "contaminação" no sentido figurado da palavra: a irradiação de um comunicante,
por um médium, afeta o sistema nervoso de outro que, se encontrando na mesma faixa mental, facilita a comunicação.
O ideal é que se espere um pouco, enquanto outros médiuns estão em ação. Na impossibilidade de assim proceder, deve-se dar campo, porque na hipótese de se ter um bom grupo de doutrinadores, pode-se atender até três comunicações simultâneas, desde que seja em tom de voz coloquial.

Divaldo P. Franco                              Respondendo

   Projeto Manoel Philomeno de Miranda        "QUALIDADE NA PRÁTICA MEDIÚNICA"

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário ou dúvida. Terei prazer em respondê-lo.