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segunda-feira, 6 de junho de 2016

Vida - Familía II

Olá

Histórico — Graças ao instinto gregário, o homem, por exigência
da preservação da vida, viu-se conduzido à necessidade da
cooperação recíproca, a fim de sobreviver em face das ásperas
circunstâncias nos lugares onde foi colocado para evoluir.
 A união nas necessidades inspirou as soluções para os múltiplos problemas decorrentes do aparente desaparelhamento que o fazia sofrer ao lutar contra os múltiplos fatores negativos que havia por bem superar.

Formando os primitivos agrupamentos em semi-barbárie, nasceram os pródromos das eleições afetivas, da defesa dos dependentes e submissos, surgindo os lampejos da aglutinação familial.
Dos tempos primitivos aos da Civilização da Antiguidade Oriental, os valores culturais impuseram lentamente as regras de comportamento em relação aos pais —representativos dos legisladores, personificados nos anciãos; destes para os filhos — pela fragilidade e dependência que sempre inspiram; entre irmãos — pela convivência pacífica indispensável à fortaleza da espécie;
ou reciprocamente entre os mais próximos, embora não subalternos ao mesmo teto, num desdobramento do próprio clã, ensaiando os passos na direção da família dilatada...
A Grécia, aturdida pela hegemonia militar espartana, não considerou devidamente a união familial, o que motivou a sua destruição, ressalvada Atenas, que, não obstante amando a arte e a beleza, reservava ao Estado os deveres pertencentes à família, facultando-a sobreviver por tempo maior, mas não lobrigando atingir o programa estético e superior a que se propuseram os seus excelentes filósofos.
A Roma coube essa indeclinável tarefa, a princípio reservada ao patriciado, e depois, através de leis coordenadas pelo Senado, que alcançaram as classes agrícolas, militares, artísticas e a plebe,
facultando direitos e deveres que, embora as hediondas e infelizes guerras, se foram fixando no substrato social e estabelecendo os convênios que o amor sancionou e fixou como técnica segura de
dignificação do próprio homem, no Conjunto da família.
A Idade Média, caracterizada pela supremacia da ignorância, desfigurou a família com o impositivo de serem doados os filhos à Igreja e ao suserano dominador, entibiando por séculos a marcha
do espírito humano.
Aos enciclopedistas foi reservada a grandiosa missão de, em estabelecendo os códigos dos direitos humanos, reestruturarem a família em bases de respeito para a felicidade das criaturas.
Todavia, a dialética materialista e os modernos conceitos sensualistas, proscrevendo o matrimônio e prescrevendo o amor livre, voltam a investir contra a organização familial por meio de
métodos aberrantes, transitórios, e certo, mas que não conseguirão, em absoluto, qualquer triunfo significativo.
São da natureza humana a fidelidade, a cooperação e a fraternidade como pálidas manifestações do amor em desdobramento eficaz. Tais valores se agasalham, sem dúvida, no lar, no seio da família, onde se arregimentam forças morais e se caldeiam sentimentos na forja da convivência doméstica.
Apesar de a poliandria haver gerado o matriarcado e a promiscuidade sexual feminina, a poligamia, elegendo o patriarcado, não foi de menos infelizes consequências.
Segundo o eminente jurista suíço Bachofen, que procedeu a pesquisas históricas inigualáveis sobre o problema da poliandria, a mulher sentiu-se repugnada e vencida pela vulgaridade e abuso sexual, de cuja atitude surgiria o regime monogâmico, que ora é aceito por quase todos os povos da Terra.
Conclusão — A família, todavia, para lograr a finalidade a que se destina, deve começar desde os primeiros arroubos da busca afetiva, em que as realizações morais devem sublevar às sensações sexuais de breve durabilidade.
Quando os jovens se resolvem consorciar, impelidos pelas imposições carnais, a futura família já padece ameaça grave, porquanto, em nenhuma estrutura se fundamenta para resistir aos
naturais embates que a união a dois acarreta, no plano do ajustamento emocional e social, complicando-se, naturalmente, quando do surgimento da prole.
Fala-se sobre a necessidade dos exames pré-nupciais, sem dúvida necessários, mas com lamentável descaso pela preparação psicológica dos futuros nubentes em relação aos encargos e às responsabilidades esponsalícias e familiares.
A Doutrina Espírita, atualizando a lição evangélica, descortina na família esclarecida espiritualmente a Humanidade ditosa do futuro promissor.
Sustentá-la nos ensinamentos do Cristo e nas Lições da reta conduta, apesar da loucura generalizada que irrompe em toda
pane, é o mínimo dever de que ninguém se pode eximir.

Joanna de Ângelis/Divaldo P.  Franco          " SOS  Família"

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