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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Mediunidade - Discernimento

Olá,

Suponhamos agora que a faculdade mediúnica esteja completamente
desenvolvida; que o médium escreva com facilidade; que seja, em
suma, o que se chama um médium feito. Grande erro de sua parte fora
crer-se dispensado de qualquer instrução mais, porquanto apenas terá vencido
uma resistência material. Do ponto a que chegou é que começam as
verdadeiras dificuldades, é que ele mais do que nunca precisa dos conselhos
da prudência e da experiência, se não quiser cair nas mil armadilhas que
lhe vão ser preparadas. Se pretender muito cedo voar com suas próprias
asas, não tardará em ser vítima de Espíritos mentirosos, que não se descuidarão
de lhe explorar a presunção.

 O L.M.  Segunda Parte – Capítulo XVII  Questão nº 216

Encarecendo a prática do bem por base da cooperação com os instrutores
desencarnados, no campo mediúnico, não será lícito esquecer o imperativo da
educação.
Não somente ajudar, mas também discernir.
Não apenas derramar sentimentos como quem faz do peito cofre aberto,
atirando preciosidades a esmo, mas articular raciocínios, aprendendo que a cabeça
não é simples ornamento do corpo.
Coração e cérebro, sintonizados na criatura, assemelham-se de algum modo
ao pêndulo e ao mostrador no relógio.
 O coração, à maneira do pêndulo, marca as pulsações da vida; entretanto, o cérebro, simbolizando o mostrador, estabelece as indicações. No trabalho em que se conjugam, um não vai sem o outro.
*
Tornemos ao domínio da imagem, para clareza do assunto.
Operário relapso não encontra chefe nobre.
Escrevente inculto não se laureia em provas de competência.
Enfermeiro bisonho complica a assistência médica.
Aluno vadio é problema para o professor.
Na mediunidade, quanto em qualquer outro gênero de serviço, é
indispensável que o colaborador se interesse pela melhoria dos próprios
conhecimentos, a fim de valorizar o amparo que o valoriza.
*
Tarefa mediúnica sustentada através do tempo não brota da personalidade.
Exige burilamento, disciplina, renunciação e suor.
A educação confere discernimento. E o discernimento é a luz que nos
ensina a fazer bem todo o bem que precisamos fazer.
É por isso que Jesus avisou no Evangelho: “Brilhe a vossa luz diante dos
homens para que os homens vejam as vossas boas obras.”
 É ainda pela mesma razão que o Espírito da Verdade recomendou a Allan Kardec gravasse na Codificação do Espiritismo a inolvidável advertência:
 “Espíritas, amai-vos! — eis o primeiro ensino. Instrui-vos! — eis o segundo.”

Emmanuel/Francisco C. Xavier                            " Seara dos Médiuns "

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