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domingo, 18 de dezembro de 2016

Bem Viver - MELANCOLIA

Olá,

“Pululam em torno da Terra os maus Espíritos em conseqüência da
inferioridade moral de seus habitantes. A ação malfazeja desses Espíritos
é parte integrante dos flagelos com que a Humanidade se vê a braços
neste mundo.
A GÊNESE — Capítulo 14º — Item 45.

Expulsa a melancolia da tua alma, essa hóspede teimosa que te envolve
no dossel de mil amarguras, segredando desânimo e desassossego.

Ninguém está a sós na sua dor.
Melancolia é também enfermidade ou síndrome de obsessão.
Olhos vigilantes contemplam tua aflição; ouvidos discretos registram os
apelos da tua soledade.
Há muitos que, acompanhados, caminham em indescritível solidão e há
solitários que, seguindo, recebem a contribuição de acompanhantes
afervorados.
Não suponhas que as lágrimas estanques em teus olhos afoguem todas
as tuas esperanças, considerando que muitos olhos incapazes de filtrar o raio
luminoso se apagaram, experimentando nas lágrimas o doce banho de
refazimento.
Sai do casulo do “eu” e analisa as chagas expostas da humanidade em
desalinho e não te atrevas a desconsiderar a misericórdia divina, que coloca
bálsamo nas feridas ocultas do teu coração.
Estuga o passo na desabalada jornada do desespero.
Detém o corcel das tuas aflições e faze a viagem de volta ao oásis da
confiança divina.
Além de ti, na véspera ensolarada, o lírio medra esguio e solitário,
embalsamando o ar para sofrer o colibri aligeirado que lhe rouba néctar e
conduz o pólen que o reproduz adiante!
Longe da tua dor há dores salmodiando sinfonias inarticuladas de
resignação.
Se não podes submeter-te ao imperioso testemunho que te vergasta,
dobra-te sobre o assoalho da paciência e aguarda a madrugada do porvir.
A noite que faz dormir os seareiros operosos, desperta vigilantes para as
tarefas noctívagas.
Há esplendor em toda a parte para quem deseja descobrir tesouros nas
estrelas fulgurantes no crepe noturno.
Espera mais, alenta o bom ânimo!
A característica da fraqueza é a fragilidade de forças no ponto vulnerável
do sofrimento.
Rogaste, antes do mergulho carnal, a alta concessão do testemunho em
soledade, em abandono, sem parentes.
Agora, lembra-te de Jesus, e em todas as tuas horas reparte da mesa rica
das aflições as pequenas quotas dos teus rápidos sorrisos com aqueles cuja
boca se entorpeceu na inanição e não na podem abrir para entoar melodias de
alegre esperança.
Esparze a quota do teu suor, enxugando suores que não encontram
sequer uma toalha gentil em mãos compassivas para lhes coletar as bagas.Se desejas sucumbir, porém, ao peso egoísta da inflamação dos teus desencantos doa-te ao Mártir Galileu e torna a tua vida, considerada morta, um verdadeiro sendeiro sublimante para aqueles que desejam viver e sobreviver e não possuem combustível que lhes alimente a chama da jornada carnal.
Enxuga as tuas lágrimas e busca aquele Consolador preconizado por
Jesus, que viria restabelecer a verdade na Terra, e ficaria, em Seu nome, ao
lado dos homens até a consumação dos evos.
Abraçado a esse sublime consolo da Doutrina Espírita, que te amplia,
além dos horizontes da vida, as perspectivas da eternidade, sonha com o teu
amanhã ridente e confia no reencontro mais tarde, depois que as sombras da
morte se abatam sobre tuas células cansadas e o sol glorioso da vida te aponte
o céu sem fim da felicidade.

Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco     " Espírito e Vida "

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