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terça-feira, 27 de junho de 2017

Nova Era - Necessidades Difíceis

Olá,

Tendes ouvido o que foi dito: Amarás ao teu próximo e aborrecerás ao teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos odeia, e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de vosso Pai, que está nos céus, o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos. Porque, se não amardes senão aos que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também assim? E se
saudardes somente aos vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios? – Eu vos digo que, se a vossa justiça não for maior e mais perfeita que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos Céus. (Mateus, V: 20, 43-47). E.S.E. Cap. XII item 1

Em muitas circunstâncias na Terra, interpretamos as horas escuras como sendo
unicamente aquelas em que a aflição nos atenaza a existência, em forma de tristeza,
abandono, enfermidade, privação...
O espírita, porém, sabe que subsistem outras, piores talvez... Não ignora que aparecem
dias mascarados de felicidade aparente, em que o sentimento anestesiado pela ilusão se
rende à sombra.
Tempos em que os companheiros enganados se julgam certos...
Ocasiões em que os irmãos saciados de reconforto sentem fome de luz e não sabem
disso...
Nem sempre estarão eles na berlinda, guindados, à evidência pública ou social, sob
sentenças exprobatórias ou incenso louvaminheiro da multidão...
Às vezes, renteiam conosco em casa ou na vizinhança, no trabalho ou no estudo, no
roteiro ou no ideal... O espírita consciente reconhece que são eles os necessitados
difíceis das horas escuras. Em muitos lances da estrada vê-se obrigado a comungar-lhes
a presença, a partilhar-lhes atividade, a ouvi-los e a obedecê-los, até o ponto doméstico
lhe preceituem determinadas obrigações.
Entretanto, observa que para lhes ser útil, não lhe será lícito efetivamente aplaudi-los, à
maneira do caçador que finge ternura à frente da presa, afim de esmagá-la com mais
segurança.
Como, porém, exercer a solidariedade, diante deles? - perguntarás. Como menosprezá-
los se carecem de apoio?
Precisamos, no entanto, verificar que, em muitos requisitos do concurso real, socorrer não
será sorrir.
Todos conseguimos doar cooperação fraternal aos necessitados difíceis das horas
escuras, seja silenciando ou clareando situações, nas medidas do entendimento
evangélico, sem destruir-lhes a possibilidade de aprender, crescer, melhorar e servir,
aproveitando os talentos da vida , no encargo que desempenham e na tarefa que o
Mestre lhes confiou. Mesmo quando se nos façam adversários gratuitos, podemos auxiliá-
los...
Jesus não recomendou festejar os que nos apedrejem a consciência tranquila e nem nos
ensinou a arrasá-los. Mas, ciente de que não nos é possível concordar com eles e nem
tampouco odiá-los, exortou-nos claramente: "amai os vossos inimigos, orai pelos que vos
perseguem e caluniam!..."
É assim que a todos os necessitados difíceis das horas escuras, aos quais não nos é
facultado estender os braços de pronto, podemos amar em espírito, amparando-lhes o
caminho, através da oração.

Emmanuel/Francisco C. Xavier          " Opinião Espírita "

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